Questões para os que hoje batizam na água refletirem (III)

Carlos M. Oliveira     Recebemos um segundo e-mail, como reação ao artigo que escrevemos, "Questões para os que hoje batizam na água refletirem":

     "Olá,

Ainda estou um pouco confuso com tudo isso.Sou crente há mais de 15 anos e nunca tinha ouvido falar que batizar em água fosse errado, a não ser agora; mesmo porque a ordem de Cristo para batizar novos crentes me parece bem clara:"Portanto ide,fazei discípulos de todas as NAÇÕES, BATIZANDO-OS em nome do Pai,e do Filho e do Espírito Santo (Mateus 28:19).

Diante dessa ordem clara,faço uma outra pergunta:como devo compreender a expressão TODAS AS NAÇÕES, nesse contexto?"

     Transcrevemos aqui este e-mail e a resposta que demos (a seguir), em virtude de poder ajudar alguém que tenha as mesmas questões.

     Resposta:

     Olá,

     Eu compreendo o seu estado “confuso”. Também fiquei assim quando, há 35 anos, fui “obrigado” a pensar seriamente no assunto. Antes de mais, sugiro-lhe que considere o seguinte, para que não “desespere”. A primeira reação para quem é confrontado com este assunto poderá ser pensar que esta ideia é grave heresia. Até poderia ser; é verdade. Mas,… qual a diferença de não batizar hoje, ou batizar erradamente? Sim, pois entre os batistas a maioria está errada. Uns batizam para a salvação, outros para testemunho, uns por imersão, outros, por aspersão, outros ainda por derramamento. Uns batizam em Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santos, enquanto outros batizam apenas em nome de Jesus. Uns acham que só um ministro qualificado pode batizar, outros pensam que qualquer crente o pode fazer. Uns batizam crianças, outros só adultos. Não cremos, por conseguinte, que haja algum crente que possua qualquer base, para nos acusar de heresia, só porque não cremos que o batismo na água não se encontra incluído no programa de Deus para a presente dispensação da graça. A grande diversidade de opiniões a respeito do batismo "na Igreja em geral" não é em si uma prova de que a maioria está, no mínimo, parcialmente errada nos seus pontos de vista?

     Mais uma vez reitero a importância de ler O Baptismo na Água (I … XXII) no nosso portal www.iqc.pt, pois essa questão e outras, como lhe disse antes, são ali respondidas.

     No entanto, para lhe facilitar um pouco as coisas vou procurar responder-lhe o mais resumidamente possível.

     Ao analisar o texto que cita terei de começar por dizer-lhe o seguinte:

     De acordo com as Escrituras o batismo na água nunca foi um ato de obediência Cristã. Procuraremos em vão nas Escrituras um só mandamento que seja para que uma alma salva seja batizada. As instruções Neotestamentárias a respeito do batismo são dadas aos evangelistas a respeito dos candidatos à salvação.

     Mateus 28.19 é um texto muito claro: "Portanto ide, ensinai todas as nações (não as igrejas), batizando-as (não almas salvas)...". Quando o Senhor mandou batizar não deixou dúvidas quanto a quem se devia sujeitar ao batismo: — as nações; os ainda não salvos, candidatos à salvação.

     Marcos 16.15,16 não é menos claro: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo...".O Senhor mandou de facto batizar, sim, mas os candidatos à salvação.

     Não há nenhum mandamento da parte do Senhor para sujeitar as almas salvas ao batismo na água. Quando em vigor, o batismo era para ser experimentado pelas almas não-salvas candidatas à salvação. Só depois de batizadas as almas eram salvas, pois só então tinham os seus pecados perdoados e recebiam o Espírito Santo. (Conf. Mar. 16.15,16 cf. Act. 2.37,38; 22.16).

     Ora, quando há quem queira praticar o batismo na água nos nossos dias, sob o pretexto de que ainda hoje está em vigor, e recusa ministrá-lo aos candidatos à salvação e o exige aos salvos, não se encontrará, à luz das Escrituras, deslocado da vontade de Deus?

     Ora no que concerne à verdade do batismo na água acontece que, aparentemente, os defensores da sua prática nunca se preocuparam com a(s) primeira(s) menção(ões) nas Escrituras, pois de outra forma não teriam adquirido as convicções deficientes e erradas que têm sobre a matéria. Estamos em crer que os crentes em geral nunca se debruçaram a sério e a fundo sobre esta questão, mas têm antes aceite sem discussão e de ânimo leve a "herança" que a "Igreja em geral" lhes legou. Em virtude de "a Igreja em geral", tanto quanto rezam os seus anais, ter praticado o batismo na água, e como as Escrituras falam nele e o ordenam, tem sido aceite sem qualquer objeção. Contudo, se os crentes quiserem fazer um estudo sério e profundo do assunto, e o começarem a analisar desde a sua primeira menção, descobrirão que afinal, a despeito das Escrituras ordenarem a prática do batismo na água, este não tem o significado e propósito que habitualmente lhe é conferido, nem foi ordenado ao Corpo de Cristo, para sua obediência. Tendo os crentes em geral olvidado, na análise desta questiúncula tão importante, a lei da primeira menção, perderam irremediavelmente a chave da compreensão desta doutrina bíblica, ficando ainda entregues a opiniões diversas e contraditórias, todas elas erradas, oferecendo ao mundo um testemunho que não é nada abonatório da unidade prática do Corpo de Cristo. A nossa oração e esforço é que todos cheguem à "plena certeza da compreensão" desta verdade, e se regozijem no Senhor com esse facto.

     A primeira menção da verdade do batismo na água ocorre no Livro de Êxodo. As Escrituras revelam claramente que o batismo ritual foi instituído no Sinai sob a Lei de Moisés. Hebreus 9.1,10 é muito elucidador a esse respeito:

     "Ora também o primeiro (concerto) tinha ordenanças de culto divino..."

     "Consistindo somente em manjares, e bebidas, e várias abluções (Gr. baptismos) e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção."

     Este texto das Escrituras revela que o concerto Mosaico tinha como ordenança, entre outras coisas, abluções ou lavagens — no original a palavra Grega é o termo batismos, de onde vem a nossa palavra batismos. O mesmo termo ocorre em Heb. 6.2 e é ali traduzido pela palavra batismos. Vemos assim que a palavra batismos é usada aqui para descrever as cerimónias de purificação da Lei Levítica — as lavagens. Quando induzidos ao sacerdócio os sacerdotes eram sujeitos a lavagens (Êxo. 29.4). O escritor de Hebreus chama a essas lavagens batismos. É aqui, pois, que temos a primeira menção cronológica bíblica relativamente à verdade do batismo na água. Em Levítico, existem para cima de vinte referências relativamente às diversas lavagens ou batismos. Daqui vemos que o batismo teve desde sempre um significado completamente diferente do que lhe tem sido atribuído. O batismo na água significa lavagem ou purificação — nunca sepultura, ou outra coisa qualquer. Em Marcos 7.1-8 as palavras Gregas baptizo e baptismos são traduzidas por lavar. A contenda batismal aludida em João 3.22-24 foi acerca da purificação. Quando Paulo foi batizado por Ananias, este disse-lhe: "Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados" (Act. 22.16).

     Muitos crentes sinceros supõem (erradamente) que a prática do batismo na água se trata duma inovação Neo-testamentária, uma vez que a palavra batismo não ocorre no chamado Velho Testamento. É claro que não poderia ocorrer, pois o Velho Testamento foi escrito em Hebraico e Aramaico e a palavra baptismos é Grega — língua em que foi escrito o chamado Novo Testamento. Porém, como já vimos, o Espírito Santo chamou de batismos as abluções ou lavagens que se praticavam no Velho Testamento. As lavagens eram batismos e os batismos lavagens. À volta, pois, de uns 1500 anos antes do chamado Novo Testamento ter sido escrito já os Judeus praticavam batismos na água.

     Muitos pensam que foi João Baptista quem principiou com esta cerimónia. Tal, porém, não corresponde à verdade, como tivemos ocasião de ver. Mas, para um melhor esclarecimento do leitor sobre esta questão, basta lembrar-lhe que quando João Baptista apareceu a batizar, os Judeus não lhe perguntaram qual era o significado desta cerimónia "estranha e nova". Eles já a conheciam desde há muito, e há muito que sabiam o seu significado, e por isso perguntaram: "Porque batizas, pois, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o Profeta?" (João 1.25). Queremos enfatizar aqui muito bem: as multidões que ouviram João pregar não ficaram surpreendidas por ele batizar os seus ouvintes, como se algo de novo e inesperado estivesse a ocorrer pela primeira vez. Eles apenas ficaram surpreendidos por ser João a batizar, visto que ele não era o Cristo, nem Elias, nem "O Profeta". Aliás, as Escrituras indicam claramente que eles esperavam o incremento da prática do batismo em relação à vinda do Messias (Eze. 36.25; Conf. João 1.31).

     A chamada lei da primeira menção sobre este assunto tem sido uma grande omissão que fatalmente, tem prejudicado a compreensão do povo de Deus sobre esta tão importante questão. Como tudo se torna claro e simples, quando nos dispomos a ver e a analisar as Escrituras a sério! Hebreus 9.1,10 não deixa qualquer dúvida quanto à natureza do batismo na água: trata-se duma ordenança religiosa. "O primeiro (concerto) tinha ordenanças de culto... consistindo em... várias abluções (Gr. baptismos)...". Pois bem, as Escrituras ensinam que nesta presente dispensação nós não estamos sob quaisquer ordenanças religiosas. Notemos, por exemplo, o que Paulo nos diz em Efé. 2.14,15 e Col. 2.14-22:

     "Porque Ele (Cristo) é a nossa paz, o qual de ambos os povos (Judeus e Gentios) fez um; e derribando a parede de separação que estava no meio.

     "Na sua carne DESFEZ A INIMIZADEisto é, a lei dos mandamentos que consistia em ORDENANÇAS, para criar em Si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz.

     "HAVENDO RISCADO A CÉDULA que era contra nós nas suas ORDENANÇAS, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a TIROU do meio de nós, CRAVANDO-A NA CRUZ...

     "Portanto ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados.

     "Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.

     "Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, PORQUE VOS CARREGAM AINDA DE ORDENANÇAS, como se vivêsseis no mundo,

     "Tais como: não toques, não proves, não manuseies?

     "As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens."

     Estes textos das Escrituras tornam muito claro que a morte de Cristo cumpriu a lei e aboliu todas as suas ordenanças religiosas. Se isto é assim, e é, como é que ouvimos crentes falarem acerca das "ordenanças da Igreja"? A maioria dos chamados Protestantes crê que o batismo na água e a ceia do Senhor são duas ordenanças de obrigação perpétua para a Igreja. Onde é que foram buscar tal ensino? Não há dúvida que o batismo é uma ordenança, mas, lembremo-nos, do Velho Testamento. No entanto a ceia do Senhor não é nenhuma ordenança, no sentido do batismo e de outros mandamentos religiosos. A ceia do Senhor é uma celebração do Novo Testamento. Como todas as ordenanças, o batismo era imposto, porém a ceia do Senhor nunca. O batismo era requerido para a salvação, a ceia do Senhor nunca. O batismo estava associado com a manifestação de Cristo a Israel (João 1.31), mas a ceia do Senhor, na sua presente forma, está associada à rejeição e ausência do Senhor. O batismo denotava uma obra não consumada (lembremo-nos que foi Paulo quem primeiro proclamou a obra consumada de Cristo); era um símbolo de purificação que só Cristo podia efetuar, contudo a ceia do Senhor celebra a obra consumada de Cristo. O batismo era um ato único, enquanto que a ceia do Senhor é celebrada repetidas vezes. O batismo não estava incluído na comissão dada pelo Senhor a Paulo (1 Cor. 1:27), porém a ceia do Senhor estava (1 Cor. 11:23). Também é significante o facto de o batismo na água e a ceia do Senhor nunca se encontrarem juntos nas Escrituras. É que nada têm a ver um com o outro. Certamente que se o Senhor tivesse deixado duas ordenanças obrigatórias para a Igreja, nós seguramente encontrá-las-íamos de alguma forma associadas.

     Como já tivemos ocasião de ver, ao ignorarem a primeira menção do batismo na água, os crentes que defendem a sua prática nos nossos dias ficaram privados do seu verdadeiro significado, mas como veremos agora, ficaram igualmente privados do seu propósito real, incorrendo numa grande perda. E que perda!

     Já vimos que a palavra batismos é usada nas Escrituras para definir as cerimónias de lavagem ou purificação da lei. Mas, para que é que Deus ordenou a prática desta cerimónia? Qual o propósito? Para quê o batismo?

     Deus ordenou esta ordenança com um propósito quádruplo (cito aqui apenas dois):

     1. Para impressionar os Israelitas de que o Senhor é um Deus santo — ninguém que estivesse impuro poderia entrar em Sua presença. Estas lavagens, ou batismos, denotavam, pois, que todos os efeitos contaminadores do pecado tinham que ser removidos a fim dos adoradores se poderem aproximar de Deus. Uma eventual recusa a esta prática significaria morte certa. Eram verdadeira e praticamente batismos para a remissão dos pecados (Êxo. 30.20; Num. 8.7). Figuravam a perfeita e eterna purificação do pecado que a expiação do sangue de Cristo providenciou para o Seu povo. Em si não tinham eficácia intrínseca; eram apenas figuras. No entanto, quem não se sujeitasse ao batismo ficava imundo e sujeitava-se ao juízo de Deus. É claro que tendo agora a realidade, a figura foi por Deus abolida. Em Lucas 7.29,30 vemos que nesta altura o batismo ainda era absolutamente essencial para os Judeus; uma recusa ao batismo seria equivalente a uma rejeição do conselho de Deus. Ao serem batizados justificavam a Deus, isto é, declaravam que Deus estava certo tanto ao julgá-los como pecadores, como ao providenciar para eles o meio de perdão, nomeadamente, o batismo na água. Leiamos bem a passagem:

     "E todo o povo que o ouviu e os publicanos, tendo sido batizados com o batismo de João, JUSTIFICARAM A DEUS.

     "Mas os fariseus e os doutores da lei rejeitaram o conselho de Deus contra si mesmos, não tendo sido batizados por ele".

     Vem a propósito chamar aqui a atenção do leitor mais distraído que eles não rejeitaram o conselho de Deus ao não crerem, mas ao não se sujeitarem ao batismo.

     2. Para que os sacerdotes fossem consagrados ao sacerdócio (Êxo. 29.4). Os candidatos elegíveis para o sacerdócio levítico não o podiam ser se não se sujeitassem a estas lavagens ou batismos. Ora, segundo lemos em Êxodo 19.5,6 Deus prometeu fazer da nação de Israel "UM REINO SACERDOTAL" — um reino de sacerdotes — "e POVO SANTO" — um povo purificado ou santo, como já vimos anteriormente. Enquanto isso não sucedesse apenas uma pequena família seria consagrada ao sacerdócio — a família de Aarão. Em Isaías 61.6 Deus garantiu-lhes o cumprimento dessa Sua promessa:

     "Mas vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros do nosso Deus, comereis a abundância das nações, e na sua glória vos gloriareis".

     Ao contrário do profeta, que é um intermediário entre Deus e os homens o sacerdote é um intermediário entre os homens e Deus, ou melhor ainda, enquanto o profeta representa Deus no meio dos homens, o sacerdote representa os homens na presença de Deus. São os sacerdotes que levam os homens a Deus. Segundo vemos confirmado em Zac. 8.20-23 Deus pretende tornar a nação de Israel um reino de sacerdotes por meio de quem os Gentios se aproximarão de Deus. É então que os Judeus, "a semente de Abraão", serão sacerdotes no sentido pleno do termo Bíblico. Como acontecia com os filhos de Aarão, também todos eles, no reino, não trabalharão. É por isso que lemos que eles "comerão a abundância das nações".

     Em face disso não admira, pois, mais tarde, quando o reino prometido começou a ser proclamado, vermos João Baptista, a batizar" Jerusalém, e toda a Judeia, e toda a província adjacente ao Jordão". Fazia-o porque o reino estava em vias de ser estabelecido com a proximidade da vinda do Rei. E como o reino será um "reino sacerdotal", e não se pode ser sacerdote sem se ser batizado, daí ele batizar toda a nação.

     Pois bem, dei uma volta grande para chegar finalmente à resposta à sua pergunta. Só dando esta volta poderia compreender a mesma. A resposta é a seguinte: Não eram simplesmente os sacerdotes que tinham que ser lavados, ou batizados, no Velho Testamento. Os considerados cerimonialmente imundos  também (Ex: Lev. 12-15), e os Gentios eram considerados cerimonialmente imundos (Lev. 20:24-26; Atos 10:11-20), o que explica o batismo dos Gentios sob a "Grande Comissão" em Mateus 28. Em suma, o batismo não só fazia sentido ser praticado entre os Judeus (pelas razões atrás apontadas), mas igualmente pelos Gentios, como acabámos de ver.

     Mais uma vez, espero que tenha ajudado.

     Disponha sempre. Em Cristo, e na Sua admirável graça,

Carlos Oliveira

P.S. – Não se esqueça de ler , O Baptismo na Água (I … XXII).

 
- C.M.O.

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