O Baptismo na Água (XV)

cmo.jpgUMA GRANDE DIFERENÇA

     No baptismo hodierno, quando as pessoas são baptizadas, manifestam invariavelmente uma grande alegria que, por vezes, se manifesta com expressões como "Aleluia!", "Louvado seja o Senhor!", etc.
 
     Porém, não acontecia assim com os baptizados de João Baptista e Pedro. As Escrituras mostram com muita clareza que os que vinham a estes crentes para serem baptizados encontravam-se profundamente contritos, e vinham, indubitavelmente, lívidos, mortiços e abalados, "confessando os seus pecados" (Mat. 3.6; Act. 2.37,38).

     No baptismo hodierno fazem-se estudos preparativos prévios com os candidatos ao baptismo, antes destes serem sujeitos ao rito. Esses estudos levam normalmente dias, semanas ou meses.

     Tal prática é absolutamente estranha às Escrituras. Nunca ninguém, quando o baptismo na água estava em vigor, fez estudos prévios elucidativos com os candidatos ao baptismo. O que a Bíblia revela é isto: O evangelho era pregado aos pecadores, e estes, na mesma hora em que o ouviam, desde que cressem, eram imediatamente baptizados. (Act. 2.37-41).

     O apóstolo Paulo revela com nitidez que o Espírito Santo entra no crente no momento exacto em que ele, ouvindo o evangelho, crê (Efé. 1.13).

     Este procedimento é completamente estranho à época em que o baptismo na água estava em vigor. Então, o crente só recebia o Espírito Santo depois de ser baptizado (Act. 2.38)1.

     No baptismo hodierno, este só é levado a cabo sobre pessoas que é suposto já terem recebido o Espírito Santo.

     Como podemos ver em Act. 2.38, 8. ..., etc., o baptismo era ministrado a pessoas que não tinham recebido ainda o Espírito Santo.

     Alguns baptistas têm-nos dito, "Nós não pregamos o baptismo; pregamos Cristo".

     Bem, isso é bom, mas lembremo-nos que João, "o Baptista", pregava o baptismo. (Ler bem Marcos 1.4; 10.37). Ele exigia-o como demonstração de verdadeiro arrependimento e como requisito Divino "para a remissão dos pecados". É verdade que, em si, o baptismo na água não podia salvar, pois oceanos de água não podem tirar um único pecado, como o sangue dos animais (Heb. 10.4). Essencialmente é por meio da fé que os homens foram sempre salvos. Mas quando Deus requeria o arrependimento e o baptismo "para a remissão dos pecados" a fé só podia responder arrependendo-se e sujeitando-se ao baptismo. "A obediência da fé" era esta, e uma recusa ao baptismo só podia representar incredulidade e rebelião (Luc. 7.29,30).


1 Act. 10.44-48 é uma excepção, mas note-se porquê. Acontece depois da conversão de Paulo, e foi após a conversão de Paulo que o Senhor começou a alterar progressivamente as coisas — suspendendo o velho programa e introduzindo o novo. Notemos que o sermão de Pedro foi interrompido por Deus, para seu espanto e dos seu companheiros, ao verem que estes Gentios eram salvos e recebiam o Espírito Santo, sem serem baptizados com água. É verdade que depois Pedro baptizou-os, para manter, por assim dizer, a escrita em dia e em ordem, mas a mudança que Deus estava a introduzir era um facto. Antes que Pedro os baptizasse, cumprindo o mandamento de Mar. 16.15,16, e agisse em conformidade com o que nesse propósito já o fizera antes em Act. 2.38, Deus interrompeu o seu sermão e retirou o caso das suas mãos. Foi assim que Pedro se defendeu mais tarde, perante os apóstolos, quando teve que explicar este desvio do programa então em vigor; "Quem era, então, eu, para que pudesse resistir a Deus?" (Act. 11.17). Seria com base nesta experiência de Pedro que o apostolado e ministério de Paulo seriam reconhecidos. O programa da "Grande Comissão" estava a sofrer um desvio. A partir daqui o baptismo na água ainda continuou a ser praticado por mais algum tempo, enquanto Cristo esteve a ser manifestado a Israel, até que acabou mesmo por ser suspenso com a rejeição da nação em Act. 28. Recordemos que a transição do programa operada por Deus não foi repentina, mas progressiva. À medida que Israel ia "diminuindo", o baptismo também.

 
(Continua)
Carlos Oliveira

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