A correção e disciplina dos filhos como a Bíblia ensina (4)

Educar bem as crianças é educá-las biblicamente

     

Deus Responsabiliza Especialmente os Pais pela Disciplina e Controlo dos Seus Filhos

     Não é algo de somenos importância ser-se responsável diante de Deus por se trazer uma pequena vida a este mundo. Todo o pai e mãe são responsáveis ​​perante Deus; e Deus considera os pais estritamente responsáveis ​​por impor a justiça, punir o mal, desenvolver um caráter submisso a Deus e ao que está certo.

     Abraão é um exemplo grandemente bendito, porque Deus pôde depender dele para controlar os seus filhos no caminho certo. Em Génesis 18:17-19, é-nos dito porque Deus confidenciou a Abraão a destruição planeada de Sodoma e Gomorra.

     “E disse o Senhor: Ocultarei Eu a Abraão o que faço, visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra? Porque Eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para agirem com justiça e juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado”.

     Vemos aqui que Deus decidiu contar a Abraão os Seus planos: “Porque eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para agirem com justiça e juízo”. Isto aconteceria de tal forma que Deus poderia cumprir a Sua promessa a Abraão: “para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado”.

     Quão notável e impressionante é a verdade de Deus ter prometido as Suas bênçãos a Abraão porque Ele sabia que Abraão ordenaria os seus filhos e a sua casa e faria com que eles O servissem! A inferência é óbvia: se Abraão não tivesse feito a sua família obedecer, Deus não lhe teria confiado os Seus planos para o futuro e não lhe teria feito tão grandes e preciosas promessas. A obediência e educação dos filhos em justiça e juízo, é uma questão de caráter fundamental, que Deus muito honra num pai!

     Eli, o sumo sacerdote de Deus nos dias em que Samuel nasceu, é um triste exemplo de um homem que falhou perante Deus nessa matéria. Eli era um homem bom. Tanto quanto sabemos, Deus não se queixou da maneira como ele ocupava o cargo de sumo sacerdote, nem teve queixas sobre a sua vida moral, nem queixas sobre o modo como julgava o povo. Pelos padrões humanos, exceto um, Eli foi um homem grande e bom. Mas na questão de ordenar os seus filhos, puni-los, corrigi-los e discipliná-los, Eli foi um fracasso!

     Quando Eli era bem velho e os seus filhos se tornaram crescidos e constituíram as suas próprias famílias, Deus ainda sustentava contra ele o facto de ele não os haver castigado, disciplinado. Eli havia protestado frouxamente contra o adultério e a intemperança dos seus filhos (1 Sam. 2:22-25). Eles não obedeceram ao pai, e Eli, todavia, não impôs a sua vontade sobre eles. Por esta mesma razão, isto é, porque Eli não tomou vigorosamente a peito o assunto e não puniu os seus próprios filhos, homens crescidos e casados, a maldição de Deus veio sobre ele! O profeta de Deus veio a Eli e advertiu-o de que Eli honrava os seus filhos acima de Deus (1 Sam. 2:29). Este homem de Deus profetizou que os dois filhos de Eli, Hofni e Fineias, morreriam ambos no mesmo dia e que a família de Eli seria completamente removida do sacerdócio. Deus disse:

     “E eu suscitarei para Mim um sacerdote fiel, que procederá segundo o Meu coração e a Minha alma, e Eu lhe edificarei uma casa firme, e andará sempre diante do Meu ungido. E será que todo aquele que ficar de resto da tua casa virá a inclinar-se diante dele, por uma moeda de prata e por um bocado de pão, e dirá: Rogo-te que me admitas a algum ministério sacerdotal, para que possa comer um pedaço de pão” (1 Sam. 2:35-36).

     Então o menino Samuel crescia, tendo um coração terno para com a Palavra de Deus, e Deus deu-lhe a seguinte mensagem contra Eli:

     “Naquele mesmo dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado contra a sua casa; começá-lo-ei e acabá-lo-ei. Porque já Eu lhe fiz saber que julgarei a sua casa para sempre, pela iniquidade que ele bem conhecia, porque, fazendo-se os seus filhos execráveis, não os repreendeu. Portanto, jurei à casa de Eli que nunca jamais será expiada a iniquidade da casa de Eli com sacrifício nem com oferta de manjares” (1 Sam. 3:12-14).

     Leia isto novamente com atenção e veja a sua importância. “Porque, fazendo-se os seus filhos execráveis, não os repreendeu”. Deus disse que julgaria a casa de Eli para sempre, “que nunca jamais será expiada a iniquidade da casa de Eli com sacrifício nem com oferta de manjares”.

     Qual foi esse terrível pecado de Eli, essa “iniquidade” que nunca seria expiada? Qual foi esse pecado que traria uma maldição sobre todas as gerações não nascidas da casa de Eli? Foi simplesmente isto: Eli não punia os seus filhos! Deveria tê-los castigado e levá-los a obedecer, fazendo-os andar corretamente quando eram crianças e jovens. Se ele o tivesse feito então, eles não o desonrariam, envergonhariam e desgraçariam na sua velhice. Mas mesmo depois de os filhos terem crescido, de se terem tornado homens maduros, Deus responsabilizou Eli quando ele não os castigou. Eli, como sumo sacerdote, poderia ter açoitado os seus filhos publicamente, poderia tê-los expulsado do sacerdócio, poderia tê-los apedrejado publicamente e condenado à morte pelos seus crimes. Ele não puniu os seus filhos, e assim a maldição de Deus veio sobre a sua família para sempre!

     Estou simplesmente a dizer que Deus responsabiliza as mães e os pais pelos seus filhos. Não se pode ser bom Cristão quando não se faz o que está certo nesse assunto fundamental da correção e disciplina dos filhos.

     Alguém poderá perguntar: “Quer dizer que não se pode ser bom Cristão quem não governa e controla bem os seus filhos? Quer dizer que é uma questão fundamental do caráter Cristão, os pais fazerem os seus filhos obedecer através da correção, castigo disciplina?” Eu respondo: é exatamente isso que a Bíblia ensina. Por exemplo, em 1 Timóteo, capítulo 3, Deus revela as qualificações para um bispo ou pastor na igreja e da mesma forma as qualificações para um diácono. Sobre o bispo, 1 Timóteo 3:4-5 (Versões TB e RA) diz que ele deve ser aquele “que sabe governar bem a sua casa, tendo seus filhos em sujeição, com todo o respeito; (se um homem não sabe governar a sua casa, como cuidará da igreja de Deus?)”.

     Eis aqui claramente afirmado que, por mais são que seja na doutrina e mais fervoroso no espírito, assim como puro no viver, nenhum homem está apto para pastor numa igreja se não disciplinar os seus filhos e não tiver os seus filhos sujeitos, com todo o respeito!

     O mesmo requisito é feito aos que oficiam como diáconos numa igreja local. Primeiro Timóteo 3:12 diz: “os diáconos sejam maridos de uma mulher, e governem bem seus filhos e suas próprias casas”. Um homem que não governa bem a sua própria família, não está apto para ser um servo na igreja de Deus (a palavra diácono significa servo).

     Quantas, quantas vezes a autoridade de alguém que anela servir a Cristo fica completamente arruinada por ter falhado em governar bem a sua própria casa! Filhos desobedientes, incontroláveis e indomáveis, filhos indisciplinados reduzem a nada a autoridade de um pai piedoso. Portanto, a Escritura ordena que nenhum homem, numa igreja, seja aceite como pastor ou mesmo diácono, se não seguir as instruções da Bíblia sobre disciplinar e governar bem e não mantiver em sujeição os seus próprios filhos.

     Uma das virtudes Cristãs simples e básicas sem a qual os pais Cristãos não podem agradar a Deus consiste no educar filhos piedosos, através do castigo e correção, criando-os na disciplina e admoestação do Senhor.

- John Rice
The Home (O Lar)
(Continua)

A correção e disciplina dos filhos como a Bíblia ensina (1)
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