08-01-2019 - Primeiro-ministro paquistanês questiona existência de Jesus e quer punir quem ofende Maomé
Líder do Paquistão pede que todos os países assinem uma "Convenção" que proíba blasfémia contra o Islão.
O primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, gerou grande controvérsia no final do mês passado, ao dizer que “não há menção” a Jesus na história. Portanto, assegura, Cristo seria produto de uma ficção religiosa criada pelos Seus seguidores.
Khan fez tais declarações dia 20 de novembro, data onde é celebrado o aniversário do profeta Maomé. Durante o discurso, ele comparou Jesus a Maomé. “Havia outros profetas de Allah [além de Maomé], mas não há menção deles na história humana ou há relatos insignificantes sobre eles. Moisés é mencionado, mas não há registo sobre Jesus em livros de história”, disse de acordo com o MENRI.
Ignorando obras históricas – como “Vida dos Doze Césares”, de Suetónio, ou os livros de Flávio Josefo e as cartas de Tácito e Plínio, o primeiro-ministro ao mesmo tempo ressaltou os esforços do Paquistão para reprimir a “blasfémia”. No seu país, insultar Maomé é um crime que pode levar à pena de morte.
O líder paquistanês também disse que existe um trabalho consistente na Organização da Cooperação Islâmica (OCI) e nas Nações Unidas (ONU) para combater a blasfémia nos países ocidentais.
Por exemplo, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos confirmou no final do ano transato a condenação de uma mulher austríaca que comparou à pedofilia o casamento de Maomé com uma criança de 6 anos de idade.
Khan elogiou o tribunal, insistindo que “não se pode ferir a religião de alguém sob o pretexto de liberdade de expressão”. Contudo, justificou os protestos violentos contra a blasfémia, dizendo que são mal interpretados pelo Ocidente.
O próximo passo, explica, é lutar para que todos os países do mundo assinem uma “Convenção Internacional sobre Prevenção da Difamação das Religiões”. Ele disse que o objetivo é garantir que “a liberdade de expressão não possa ser usada como pretexto para ferir os 1,25 bilhão de muçulmanos do mundo”.
Essencialmente, ele está a pedir o fim da liberdade de expressão para proteger a reputação de Maomé enquanto ofende o Cristianismo, atacando a figura histórica do Senhor Jesus Cristo.
- in MENRI