
Uma das mais importantes revistas semanais do Brasil publicou recentemente uma extensa reportagem fazendo projecções sobre o futuro do Brasil. Apesar de tratar de diversos temas, da educação à economia, a notícia que realmente caiu como uma bomba e acabou repercutida pela imprensa, por emissoras de rádio e de televisão e por blogs e sites de discussão na Internet dizia respeito à religião: o maior país católico do mundo na actualidade tornar-se-á evangélico em poucos anos. Mais precisamente em 2020, a continuarem as impressionantes taxas de crescimento, mais da metade dos Brasileiros pertencerá a alguma igreja protestante. Estima-se que, o número de evangélicos no Brasil esteja já próximo dos 50 milhões e, daqui uma década, talvez pouco mais, atinja a marca de 105 milhões de pessoas.
Ao mesmo tempo em que os evangélicos crescem numericamente e aumentam de forma considerável a sua influência em todas as esferas da vida nacional brasileira, escândalos e denúncias envolvendo dinheiro, sexo e abuso de poder multiplicam-se e maculam a imagem das igrejas e dos seus líderes. Fala-se em relativização moral e secularização da fé. Na esteira do avanço protestante em terras tupiniquins, estudiosos das ciências da religião costumam avaliar que esse fenómeno pode ser muito bom, uma vez que “os evangélicos não vão apenas mudar a sociedade, mas mudarão com ela”. Tal afirmação tem causado arrepios em pastores e trazido um sério questionamento aos Cristãos: diante de tal quadro já hoje: afinal, como será esse Brasil evangélico de 2020?