18-03-08 - Igualando animais a humanos
 "Mutrimónio Santo"
"Mutrimónio Santo"
Por Chuck Colson
     O noivo trajava um smoking preto, e a noiva – adornada com uma seda branca cravejada de pérolas – transportava um pequeno bouquet. Max e Bella trocaram alianças, e o reverendo declarou-os casados.  E a seguir a noiva e o noivo saíram a correr, latindo e abanando as suas caudas.
     Max and Bella, como pode ver, eram cachorritos Chihuahuas — e os seus donos acabavam de os unir no “santo mutrimónio.”  Os donos dos cães dizem que fizeram aquilo apenas por brincadeira – mas temos dúvidas. Parece ser apenas mais um sinal do sucesso de um movimento pelos direitos dos animais – que procura confundir a distinção existente entre animais e seres humanos. Até mesmo alguns Cristãos estão inconscientemente a ser puxados para a sua órbita. 
É claro que os Cristãos têm um mandamento específico para cuidarem da criação. Mas não é isso que estamos a testemunhar aqui. Estes são sinais de enfraquecimento de Cristãos sobre a sua própria melhor defesa do que constitui a qualidade única dos seres humanos. O Cristianismo ensina que os seres humanos são a única parte da criação que traz a imagem de Deus. Portanto, somos únicos em toda a criação, conscientes da nossa existência, cientes da morte, e capazes de obras com grande criatividade. Só os seres humanos têm almas eternas, o que nos confere um estatuto moral único.
Muitos activistas dos direitos dos animais negam que haja qualquer distinção entre seres humanos e animais enquanto “especiesismo” . O professor de Princeton, Peter Singer, define isto como “um preconceito” que favorece “os interesses dos membros da sua própria espécie ... contra os membros de outras espécies.” Se o mundo material é tudo o que existe, se os seres humanos não são nada mais do que resultado de forças evolutivas, então não há essencialmente diferença dos porcos, cães, ou ratos. Somos meramente o último estágio do desenvolvimento evolutivo.
Singer e a PETA são no mínimo consistentes. As suas campanhas para concessão de direitos constitucionais para porcos ou tornar ilegal a manutenção de galinhas em capoeiras são perfeitamente lógicas. São os Cristãos que se comportam irracionalmente quando caem em posições naturalistas de amor pelos seus animais de estimação.
Eu não estou a sugerir que as pessoas não gostem dos seus animais de estimação. Há poucas coisas mais dolorosas do que a morte do animal de estimação da família, companhia de longa data. Mas em parte alguma as Escrituras ensinam que os animais têm alma eterna. Eles perecem com o resto da criação. Quando Cristo voltar e os nossos corpos ressuscitarem, viveremos nos novos céus e na nova terra – onde poderá haver novos (mas não ressuscitados) animais.
Se falharmos em compreender as nossas próprias doutrinas, cada vez mais Cristãos aceitarão a ideia de que os animais e os seres humanos são moralmente equivalentes. Os activistas dos direitos dos animais pressionarão a seguir: facultemos aos animais os mesmos direitos que damos aos humanos, como diz Singer.
A argumentação por parte dos Cristãos de que só os seres humanos estão criados à imagem de Deus, pode constituir a única defesa lógica da singularidade da vida humana. Mas se por sentimentalismo tratarmos os nossos animais de estimação como se eles tivessem almas, abrimos mão do argumento. Que ironia trágica se a Igreja descobrir que foi conquistada pelos nossos queridos animais de estimação.
"Não são as bestas que se estão a transformar em homens mas os homens em bestas", Platão.
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