29-11-07 - As Crónicas do Ateísmo

A triologia, “His Dark Materials"” que foi traduzida para o Brasil como "Fronteiras do Universo" e "Mundos Paralelos" em Portugal, é uma série de romances de fantasia criada pelo britânico Philip Pullman que estabelece um paralelismo com as Crónicas de Nárnia de C.S. Lewis.
Pullman, escrevendo no jornal britânico The Guardian por ocasião do centenário de C.S. Lewis, disse que os livros de Nárnia são “das coisas mais horríveis e venenosas que já li, com babuseiras de causar náuseas”.
A "morte de Deus"
Enquanto Lewis escreveu estórias imbuídas de imaginário Cristão, a triologia de Pullman – que tem vendido milhões de cópias e ganho numerosos prémios literários – retrata a morte de Deus e a criação de uma “República do Céu” que não tem necessidade de um Rei. E enquanto Lewis manteve os elementos Cristãos de forma bastante subtil, ténue, quase que imperceptível – os livros de Nárnia não têm nenhuma referência explícita a Jesus – uma cena chave da triologia de Pullman mostra uma ex-religiosa a dizer a duas crianças que ela deixou a fé Cristã por esta ser “um erro muito poderoso e convincente”.
Na estória de Pullman o Deus da Bíblia não é realmente o Criador, mas simplesmente o primeiro anjo que emergiu daquilo que Pullman chama de “Pó”. Quando os outros anjos emergiram, ele mentiu e disse que os tinha criado – e ele continuou a estabelecer igrejas em muitos universos para expressar o seu controlo sobre eles. Mas agora este anjo, que é chamado “a Autoridade”, está velhom e fraco e enfrenta uma rebelião tanto de anjos como de humanos.
Nota-se claramente que Pullman advoga o misticismo da Nova Era, ou o panteísmo Oriental, com as suas “partículas da consciência”, ou “Pó”.
Reflexão Urgente
Alguns Cristãos têm expressado preocupação pelo sucesso que estes filmes possam ter no pensamento da nossa sociedade contemporânea, uma vez que fazem a apologia da morte de Deus.
Se bem que isso também nos preocupe, preocupa-nos mais a postura enfraquecida dos Cristãos em geral no assumir da sua fé diante do mundo.
Não concordamos com o tipo de “testemunho” tipificado pelas Crónicas de Nárnia, em que não se explicita de forma clara e transparente a Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo, o Evangelho da Graça de Deus que tem poder para salvar todo aquele que crê.
O resultado está aí! A nossa retracção suscita a sua rebelião. Enquanto os “Cristãos” falam de Deus de forma envergonhada, disfarçada, os descrentes não se ensaiam nada em ser bem esplícitos contra Deus e os Seus interesses.
Preocupa-nos esta onda encapotada que se verifica em diversos ministérios, como, por exemplo, nas letras das músicas que actualmente se cantam em muitos círculos Cristãos, onde vocábulos do Evangelho como Jesus, Deus, pecado, salvação, e outros, são omitidos.
O mundo está cada vez pior e assume uma atitude de afronta e desafio cada vez mais ousados a Deus e à Igreja. Porque será? Não será porque a Igreja se demitiu das suas responsabilidades e se encolheu?
O mundo avança porque a Igreja bateu em retirada. Clamemos: “Espada do SENHOR” e veremos como “todo o exército” de ímpios pôr-se-á “a correr e, gritando,” fugirá.
Tudo isto merece-nos profunda reflexão, acção e determinação. Que o Senhor nos ajude!
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