19-10-11 - A revolução da coabitação: as crianças estão a pagar o preço

Mas essa notícia não é tão boa quanto parece, pois a notícia má praticamente elimina-a. Cada vez menos pessoas se estão a preocupar em casar. O índice de coabitação — “viver junto” — está a explodir. O estudo revela que a coabitação aumentou catorze vezes mais desde 1970. Isso significa que cerca de 30 por cento das crianças nascem em casais que vivem juntos hoje. Enquanto isso, outros 20 por cento das crianças são parte de um domicílio onde houve coabitação em algum ponto dos seus anos de crescimento.
Isso significa que aproximadamente metade de todas as crianças americanas viveu num lar em que os adultos estão meramente a viver juntos em vez de casados.
Os que hoje defendem uma “moderna estrutura de família” dir-nos-ão que isso não é nada importante, que se dá importância exagerada a um anel de casamento no dedo. As crianças, dizem, acabarão bem de ambos os modos. Pois bem, o facto é que um casamento intacto coloca as crianças em vantagem, relativamente às crianças em outros tipos de domicílio. Rich Lowry, editor do National Review, que rotula a actual tendência de uma “revolução de coabitação”, comenta: “Crianças de domicílios onde há coabitação tendem a ficar para trás em relação às crianças em famílias de casamento intacto em indicadores sociais cruciais e não têm uma situação económica muito melhor do que a situação de filhos de mães solteiras”.
As pessoas que são parte de domicílios onde há coabitação, de acordo com o estudo, relatam haver “mais conflito, mais violência e níveis mais baixos de satisfação e fidelidade”. As crianças em tais situações enfrentam reais riscos emocionais e físicos.
Jennifer Roback Morse da Organização Nacional em Defesa do Casamento relata que as crianças que vivem com a sua mãe e o namorado dela têm uma probabilidade 33 vezes maior de serem abusadas do que aquelas que vivem com os seus pais biológicos. Além disso, crianças em domicílios onde há adultos sem parentesco com elas têm uma probabilidade 50 vezes maior de morrerem de ferimentos provocados, em comparação com as crianças que vivem com ambos os pais biológicos.
Apesar de todos os problemas do casamento bastante relatados nestes dias, os relacionamentos de coabitação são também frequentemente menos estáveis. Lowry diz que os casais amigados que têm um filho têm probabilidade dobrada de se separarem se se casarem. Essa é uma diferença imensa.
Lowry diz: “O que se vê é que as crianças se beneficiam da estrutura, rituais e identidade que vêm com um casamento permanente entre seus pais. E o próprio acto de ser fiel às normas do casamento torna os adultos melhores parceiros conjugais e pais”.
Então, por que é que o casamento é mantido em tão baixa consideração hoje, ao ponto em que algumas pessoas estarem dispostas a sacrificar os seus filhos no altar da conveniência? Pois bem, uma das razões poderia ser que ninguém está a ver como é que se parece um bom casamento. A defesa do casamento envolve mais do que só falatório. Será que nós cristãos estamos tendo o compromisso de mostrar aos nossos vizinhos o amor, a fidelidade e a alegria que devem acompanhar um casamento fundado em Deus e no Seu plano para o florescimento humano?
Além disso, quando foi a última vez que ouviu o seu pastor fazer uma pregação sobre os perigos da coabitação? A sua igreja está a fazer tudo o que pode para preparar os jovens casais para o casamento e ajudar os casamentos que estão em dificuldades?
Se não, então toda a nossa defesa da importância do casamento provavelmente não terá a atenção de ninguém. E as crianças da nossa nação é que sairão perdendo.