04-03-2018 - Depoimentos relevantes na cerimónia fúnebre do evangelista Billy Graham

Milhares de pessoas, entre as quais o Presidente e Vice-Presidente dos Estados Unidos e respetivas esposas, estiveram presentes na cerimónia fúnebre realizada em memória de Billy Graham, depois de ter sido promovido à glória na passada quarta-feira dia 21 de fevereiro, para honrar e exaltar o Salvador e Senhor do evangelista, o Senhor Jesus Cristo.
Os filhos de Billy Graham recordaram na cerimónia o chamado, pelo povo americano, de "Pastor dos Estados Unidos" como um homem dedicado a divulgar o Evangelho, vivendo, apesar de pregar em estádios, a sua vida em casa com uma humilde e um foco inabalável na Bíblia.
Como o seu filho mais velho disse à enorme congregação que se reuniu no funeral: "Não havia dois Billy Grahams". Franklin Graham, que deu a principal mensagem no funeral, disse que todas essas qualidades eram parte do todo. "O Billy Graham que o mundo viu na televisão, o Billy Graham que o mundo viu nos grandes estádios, era o mesmo Billy Graham que vimos em casa. Não havia dois Billy Grahams", disse ele. "Ele amava a sua família. Ele estava junto de nós. Ele consolou-nos".
Os seus 5 filhos (3 mulheres e 2 homens) lembraram-se que foram ensinados pelos seus pais a lerem as Escrituras em voz alta, mas também a passear com o seu pai e a sentirem o seu abraço mesmo quando cometiam erros.
O planeamento do funeral começou há uma década com o próprio Billy Graham. Também refletiu o desejo da sua família de captar o sentimento das cruzadas que o tornaram no mais conhecido pregador do Evangelho do mundo no seu tempo. Graham, que morreu na semana passada aos 99 anos, trouxe uma mensagem de salvação a milhões de pessoas durante cruzadas e transmissões ao vivo para dezenas de países.
O funeral serviu como uma cruzada de Billy Graham com a participação dos seus filhos. A filha mais nova, Ruth, contou como ela pecou e não ouviu o seu pai quando decidi fzer um casamento apressado que acabou em divórcio, mas ele estava à espera dela com os braços abertos quando ela percebeu o seu erro.
Ruth disse, “Aprendi esta semana que toda a gente tem uma história com Billy Graham. Até o Presidente Trump nos contou esta semana a sua história com Billy Graham, ao lembrar-se de ir a uma Cruzada ouvir Billy Graham com o seu pai em 1957, no Yankee Stadium, quando ainda era menino. Mas eu tenho a minha própria história com Billy Graham. Provavelmente já a ouviram pois já a contei várias vezes, mas vou repeti-la, pois para mim revela a essência que quem o meu pai era. Depois de 21 anos, o meu casamento terminou em divórcio e fiquei devastada, e revoltada … Decidi ir viver para longe … os meu pais ligaram-me, mas … que tinham eles para me dizer? Eles não sabiam o que era estar só, estar numa situação de divórcio … Como podiam ajudar? Eu estava obstinada, orgulhosa, em pecado … Mas, finalmente caí em mim e decidi ir falar com o meu pai e a minha mãe. O que é que lhes iria dizer? Eles tinham-me avisado. Criei-lhes grande embaraço. Se não gostaríeis de causar embaraço ao vosso pai, não gostaríeis de causar, decerto, embaraço a Billy Graham. Subi a encosta da montanha onde eles moravam, aqui onde estamos, e o meu pai estava à porta à minha espera. Ele avançou para mim, abraçou-me profundamente e disse-me, ‘Bem-vinda a casa’. Não me envergonhou, não me culpabilizou, não me condenou. Manifestou-me amor incondicional. E, sabem uma coisa? O meu pai não era Deus, mas naquele dia mostrou-me como Deus é. Quando vamos a Deus com o nosso pecado, quebrados, com as nossas falhas e fracassos, as nossas dores e feridas, Deus diz-nos, ‘Bem-vindo a Casa’. E este convite está aberto para vós. Obrigada. Que Deus vos abençoe”.

O filho mais velho, Franklin, falou do tema central do seu pai nas suas pregações: o único caminho para a salvação é crer no Senhor Jesus Cristo. O seu convite para a salvação por Jesus continha esta frase: "O mundo, com todo o seu modo do politicamente correto, quer que acreditemos que há muitos caminhos para Deus. Mas isso não é verdade. Só há um caminho único – Jesus Cristo". Ele pregou um sermão que incluiu o tipo de apelos diretos à conversão a Cristo, que eram a imagem de marca do pai: "Já foi salvo? Já está perdoado? Já confia no Senhor Jesus Cristo como seu salvador? Se não tem a certeza, não há melhor momento do que no funeral de Billy Graham".
     "Billy Graham tinha uma convicção profunda e profundamente espiritual sobre a Palavra de Deus, a Bíblia. Ele amava a Bíblia. Esta orientou-o como viver e orientou-o como morrer", disse Donald Wilton, pastor na Primeira Igreja Batista de Spartanburg, Carolina do Sul, que visitava Graham com frequência nos últimos anos da sua vida.
     Merece igualmente destaque ao testemunho dado pelo grande amigo libanês de Franklin Graham, Sami Dagher, de quem ele escreve muito nos seus livros, “O Filho Rebelde de Billy Graham”, e “Vivendo Além dos Limites”.

Sami Dagher (na foto acima) disse aos milhares de pessoas presentes:
“Estamos aqui para celebrar e honrar a vida de Billy Graham. Quando falamos de Billy Graham no Médio-Oriente, descrevemo-lo como um homem fiel, fiel à Palavra de Deus. Ele nunca pregou a sua opinião, ou as suas ideias, ou filosofia, mas pregava a Palavra de Deus. E dizemos acerca dele que era um homem corajoso, que pregava como pregava o Senhor Jesus Cristo, a fim de que cressem n’Ele. Quando falamos de Billy Graham não dizemos apenas que ele era um grande evangelista, mas que era um grande ensinador, e que ele usava o melhor método de ensino – ensinava pelo exemplo. Ele não usava o computador, ou o facebook, ou o quadro, mas ensinava pelo exemplo. E quando Paulo escreveu a Timóteo disse-lhe, ‘sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza’. E foi isto que Billy Graham nos ensinou. Ele viveu uma vida santa. Falou de santidade e viveu uma vida santa, irrepreensível. Ele falava de oração e de humildade e ele era um homem humilde, e a sua grandeza residia na sua humildade. Certa ocasião eu estava em Amesterdão, em 1971, e a sua esposa perguntou-me se eu tinha agendado falar com Billy Graham. Eu respondi-lhe que não, que eu era um homem pequeno, e ele era um grande homem, e que eu receava vir agendar um encontro com ele, mas ela levou-me a um quarto de oração, e abriu suavemente a porta e eu fiquei impressionado com Billy Graham diante da face de Deus em oração, clamando-Lhe antes de ir pregar o Evangelho. Ele era um homem completamente dependente de Deus. E uma vez ele perguntou-me se eu queria ser bem-sucedido no meu ministério. Eu respondi-lhe que era claro que sim. Ele disse-me, ‘Sami, as pessoas querem sempre falar acerca de si mesmas, mas tu não fales de ti; fala de Jesus. Ergue-O bem alto, pois quando O levantamos bem alto, Ele atrai todos os homens a Si. Lembra-te do que Paulo disse, a saber, que nós não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo como Senhor, sendo nós servos [escravos], por amor a Cristo’. Ele era um grande homem; realmente um homem humilde. E ele causou um grande efeito no Médio-Oriente em todos os crentes. Billy Graham descansa em paz, tendo uma família maravilhosa, filhos e netos maravilhosos, e tenho a certeza que todos levarão a luz do Evangelho a todo o mundo. Povo americano, agradeço-vos em nome de Jesus por terdes apoiado este grande homem a cumprir a missão que Deus lhe deu. Oro para queDeus abençoe a América por ter dado ao mundo este grande homem, Billy Graham. Glória e honra sejam dadas ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”.
     Como as famosas cruzadas de Billy Graham, o funeral apresentou cantores que com ele partilharam a plataforma nos últimos anos: Linda McCrary-Fisher, Michael W. Smith e a Gaocal Vocal Band. A interpretação de Linda McCrary-Fisher de "Até então" incluiu a letra comovente e pungente, "o meu coração continuará a cantar ... até ao dia em que Deus me chamar para casa [a Sua casa]".
     Foi o próprio Billy Graham que, ainda em vida, escolheu os 6 hinos que foram entoados no seu funeral. Nesse sentido, ele parece ter seguido o caminho do seu diretor musical de longa data nas cruzadas, Cliff Barrows, que disse, "Eu quero muita música", indicou o diretor do coro da Associação Evangélica Billy Graham, Tom Bledsoe, antes daquele morrer em 2016. "Eu quero que as pessoas cantem".
Os seis hinos escolhidos por Billy Graham foram:
1. "Até então" (Stuart Hamblen, 1958), interpretado por Linda McCrary-Fisher
2. "Todos aclamem o poder do nome de Jesus" (Edward Perronet, 1779), canto congregacional liderado por Bledsoe
3. "Acima de tudo" (Lenny LeBlanc e Paul Baloche, 1999), interpretado por Michael W. Smith
4. "Porque Ele vive" (Bill e Gloria Gaither, 1970), interpretado pela Gaither Vocal Band
5. "A Deus seja a Glória" (Fanny Crosby / William Howard Doane, 1875), canto congregacional liderado por Bledsoe
6. "Sublime [admirável] Graça", tocada em gaita de foles pelo Major William Boetticher


 
 
																									
						
					 
																									
						
					 
																									
						
					 
			 
						        



