10-12-09 - Russel Shedd faz reflectir, em entrevista que dá
Russel Shedd é um bem conhecido escritor Cristão de língua Portuguesa, autor de vários livros. Ele nasceu na Bolívia, foi criado nos Estados Unidos e passou por diversos outros países como Alemanha, Inglaterra, Portugal, Escócia etc., onde estudou, ministrou palestras ou desenvolveu algum trabalho na obra de Deus. Shedd tem estado no Brasil há mais de 40anos, tendo fundado a Editora Vida Nova há mais de igualmente quatro décadas, sendo actualmente consultor da Shedd Publicações. Além disso, Russel Shedd notabilizou-se mormente pelos comentários da Bíblia que leva seu nome na capa: Shedd.
QUESTÃO – Uma pergunta trivial, mas que o público quer saber: Qual a sensação de ter uma bíblia com o seu nome?
SHEDD – Bastante constrangimento e até vergonha, porque eu não autorizei que utilizassem o [meu] nome. Quando eu saí da [editora] Vida Nova, passei para um senhor, [chamado] Dr. Alan, que não está mais no país (Brasil). Ele começou logo a reformular a Bíblia Vida Nova e a transformá-la na Bíblia Shedd. Ele disse-me, antes de colocar o nome, que iria colocar o [meu] nome, e eu disse: Não, você não pode fazer isso! Não autorizei. Mas, quando saiu o nome já lá estava, e não somente em letras pequeninhas, lá em baixo, mas, em letras enormes. É um constrangimento constante, meu irmão.
QUESTÃO – Que razão o senhor atribui a esta diminuição do número de cristãos por que países como Inglaterra, França, Alemanha, enfim… este achatamento que toda a Europa está a passar actualmente? Países que chegaram ter 40% da sua população evangélica, sobretudo depois da reforma, sob a influência dos calvinistas, e hoje tem 0,5%, 1%, 2% no máximo?
SHEDD – Certo. A razão disso é a maneira como os pastores foram preparados nas universidades. Homens, leccionando matérias do seminário na universidade … Por exemplo, em toda a Europa os pastores são preparados em universidades e os seus professores são incrédulos. Então, um jovem que quer servir a Deus, perde logo a sua fé, e começa a pregar uma palavra, sem Deus, sem fé, sem bíblia, porque não crê.
QUESTÃO – O senhor diz numa de suas entrevistas que na Alemanha, por exemplo, há igrejas que estão a adoptar uma cláusula exigindo que o pastor seja crente?
SHEDD – Exactamente. Na igreja do meu genro e filha [...] Eles trabalham com duas igrejas lá em Ruíte, perto de “Sttutgart” e… quando ele fazia parte do conselho da igreja, colocaram esta cláusula exigindo que o pastor, desta igreja, fosse crente.
QUESTÃO – O senhor acha que o cristianismo está condenado a países economicamente necessitados, fazendo prevalecer aquela máxima: “O número de igrejas evangélicas é directamente proporcional à quantidade de problemas de uma nação”?
SHEDD – Em parte, isso é verdade. Jesus já mostrou que a pobreza, a necessidade, é uma pressão muito forte para a busca de Deus. Na medida em que alguém como aquele holandês, em Amsterdão 2000, disse: Porque preciso de Deus? Eu tenho tudo o que quero na vida. [...] com a falta de crer que existe uma vida posterior a esta, e que irá haver um juízo da parte de Deus, tais pessoas olham para esta vida, como sendo única. Uma vez que a gente tem tudo que quer nesta vida, porque é que se há-de precisar de fazer esforço para conhecer a Deus ou fazer a Sua vontade?
QUESTÃO – Teologia da prosperidade. Hoje pela manhã, o senhor disse que se um crente quer prosperidade, então deve pedir um cancro a Deus. Por outras palavras, o senhor quis dizer, “morte com salvação é a verdadeira prosperidade." Foi isso mesmo ou não entendi bem?
SHEDD – Não, foi isso mesmo! Quero dizer a prosperidade que a Bíblia garante para os crentes é na vida vindoura, é nos galardões que receberemos então. Paulo diz em II Coríntios 4, que a “Glória futura está directamente ligada ao sofrimento nesta vida”. Se a gente quer glória na vida vindoura, [devemos] esperar sofrimento nesta vida, especialmente, o sofrimento da perseguição. [II Coríntios 4:16]. Deixe-me ler este versículo porque eu creio que os leitores vão querer saber o que a bíblia diz, exactamente, sobre prosperidade. “Por isso, não desanimamos, embora, exteriormente estejamos a desgastarmos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia. Pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos (e Paulo sofreu muito, nós não chamaríamos de leves) estão produzindo para nós uma “glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê, é eterno”.
QUESTÃO – Até onde esta teologia da prosperidade terrena é saudável? Explicando melhor, todos nós queremos alguma coisa. Um carro novo, uma casa maior, um emprego melhor… mas afinal de contas, pedir estas coisas a Deus, é saudável?
SHEDD – Seria saudável apenas se pudessemos glorificar a Deus mais. A ordem bíblica é que a glória de Deus está vinculada a tudo o que nós fazemos, ou deveria estar. Então, quer bebamos, quer comamos ou façamos outra coisa qualquer, façamos para a Glória de Deus. Qualquer benefício ou vantagem que Deus nos dá nesta vida seria justamente para nós glorificarmos a Deus, mais. Só que muitas vezes nós fazemos o contrário.
QUESTÃO – Não é para usufruirmos destes benefícios, então?
SHEDD – É para nós glorificarmos a Deus, naturalmente, abençoando outras pessoas. Porque se é para fazermos boas obras, se é para abençoarmos pessoas, se é para sustentarmos missionários, é preciso alguém ou alguma coisa para fazer isso. Portanto o que nos beneficia e nos abençoa seria re-utilizado para glória do Senhor.
QUESTÃO – Que razão o senhor atribui a esta diminuição do número de cristãos por que países como Inglaterra, França, Alemanha, enfim… este achatamento que toda a Europa está a passar actualmente? Países que chegaram ter 40% da sua população evangélica, sobretudo depois da reforma, sob a influência dos calvinistas, e hoje tem 0,5%, 1%, 2% no máximo?
SHEDD – Certo. A razão disso é a maneira como os pastores foram preparados nas universidades. Homens, leccionando matérias do seminário na universidade … Por exemplo, em toda a Europa os pastores são preparados em universidades e os seus professores são incrédulos. Então, um jovem que quer servir a Deus, perde logo a sua fé, e começa a pregar uma palavra, sem Deus, sem fé, sem bíblia, porque não crê.
QUESTÃO – O senhor diz numa de suas entrevistas que na Alemanha, por exemplo, há igrejas que estão a adoptar uma cláusula exigindo que o pastor seja crente?
SHEDD – Exactamente. Na igreja do meu genro e filha [...] Eles trabalham com duas igrejas lá em Ruíte, perto de “Sttutgart” e… quando ele fazia parte do conselho da igreja, colocaram esta cláusula exigindo que o pastor, desta igreja, fosse crente.
QUESTÃO – O senhor acha que o cristianismo está condenado a países economicamente necessitados, fazendo prevalecer aquela máxima: “O número de igrejas evangélicas é directamente proporcional à quantidade de problemas de uma nação”?
SHEDD – Em parte, isso é verdade. Jesus já mostrou que a pobreza, a necessidade, é uma pressão muito forte para a busca de Deus. Na medida em que alguém como aquele holandês, em Amsterdão 2000, disse: Porque preciso de Deus? Eu tenho tudo o que quero na vida. [...] com a falta de crer que existe uma vida posterior a esta, e que irá haver um juízo da parte de Deus, tais pessoas olham para esta vida, como sendo única. Uma vez que a gente tem tudo que quer nesta vida, porque é que se há-de precisar de fazer esforço para conhecer a Deus ou fazer a Sua vontade?
QUESTÃO – Teologia da prosperidade. Hoje pela manhã, o senhor disse que se um crente quer prosperidade, então deve pedir um cancro a Deus. Por outras palavras, o senhor quis dizer, “morte com salvação é a verdadeira prosperidade." Foi isso mesmo ou não entendi bem?
SHEDD – Não, foi isso mesmo! Quero dizer a prosperidade que a Bíblia garante para os crentes é na vida vindoura, é nos galardões que receberemos então. Paulo diz em II Coríntios 4, que a “Glória futura está directamente ligada ao sofrimento nesta vida”. Se a gente quer glória na vida vindoura, [devemos] esperar sofrimento nesta vida, especialmente, o sofrimento da perseguição. [II Coríntios 4:16]. Deixe-me ler este versículo porque eu creio que os leitores vão querer saber o que a bíblia diz, exactamente, sobre prosperidade. “Por isso, não desanimamos, embora, exteriormente estejamos a desgastarmos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia. Pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos (e Paulo sofreu muito, nós não chamaríamos de leves) estão produzindo para nós uma “glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê, é eterno”.
QUESTÃO – Até onde esta teologia da prosperidade terrena é saudável? Explicando melhor, todos nós queremos alguma coisa. Um carro novo, uma casa maior, um emprego melhor… mas afinal de contas, pedir estas coisas a Deus, é saudável?
SHEDD – Seria saudável apenas se pudessemos glorificar a Deus mais. A ordem bíblica é que a glória de Deus está vinculada a tudo o que nós fazemos, ou deveria estar. Então, quer bebamos, quer comamos ou façamos outra coisa qualquer, façamos para a Glória de Deus. Qualquer benefício ou vantagem que Deus nos dá nesta vida seria justamente para nós glorificarmos a Deus, mais. Só que muitas vezes nós fazemos o contrário.
QUESTÃO – Não é para usufruirmos destes benefícios, então?
SHEDD – É para nós glorificarmos a Deus, naturalmente, abençoando outras pessoas. Porque se é para fazermos boas obras, se é para abençoarmos pessoas, se é para sustentarmos missionários, é preciso alguém ou alguma coisa para fazer isso. Portanto o que nos beneficia e nos abençoa seria re-utilizado para glória do Senhor.
