19-11-09 - Billy Graham concede entrevista (1)

A questão que se segue é uma das que lhe foram colocadas. Atentemos bem para a sua resposta e meditemos nela. Nos próximos dias publicaremos aqui outras.
Smietana: Há muitas pessoas que, por causa de doenças ou enfermidades, sentem-se abandonadas por Deus. Ou então têm perdido a razão de viver, uma vez que não podem cuidar de si mesmas ou de fazer o trabalho que faziam. Isto é especialmente difícil para as pessoas que têm gasto as suas vidas a cuidar dos outros. O que diria a estas pessoas, com a experiência de dificuldades que tem tido no processo de envelhecimento?
Por exemplo, não consigo fazer tudo o que fazia antes, embora, para dizer a verdade, há ocasiões que lamento não o poder fazer. Algumas pessoas idosas indignam-se com isso, ou sentem-se inúteis, ou, como você diz, concluem que Deus as deve ter abandonado. Mas não é verdade. O amor de Deus por nós não está dependente das nossas circunstâncias ou sensações. Apesar de eu não poder fazer tudo o que podia (e Deus não espera que o faça), ainda posso fazer algumas coisas e são estas coisas que Deus quer que eu faça. Agora, tenho mais tempo para orar; agora tenho mais tempo para encorajar os meus filhos e netos e outras pessoas; agora tenho mais tempo para reflectir sobre bondade de Deus para comigo ao longo dos anos. Oro constantemente para que Deus me ajude a ser uma bênção para os outros. Mas os fardos da vida devem lembrar-nos de algo mais: Este mundo não é a nossa última morada. Os fardos que enfrentamos neste momento são apenas temporários.
A minha mulher, Ruth, morreu há quase dois anos, e todos os dias sinto muito a falta dela, muito mesmo. Mas um dia, brevemente, estaremos juntos no Céu – para sempre na presença de Deus, livres de todos os fardos desta vida. Se a nossa esperança estiver realmente em Cristo, sabemos que somos apenas peregrinos aqui na terra, a caminho do nosso lar eterno no Céu. A velhice deve fazer-nos aguardar o Céu com alegria.