É possível o meu amigo pecar raramente?
Pergunta: O meu amigo diz que não precisa de confessar os seus pecados muitas vezes, porque mantém uma lista mental das suas ações e acredita que raramente peca. Acha que ele está certo? - M.M.
Resposta: O seu amigo pode acreditar sinceramente nisso sobre si próprio, mas ele não está correto. Certa ocasião um amigo meu conheceu alguém assim, e mais tarde a sua esposa sussurrou-lhe: "Pergunte-me simplesmente a mim sobre a sua perfeição!"
Um dos problemas é que o seu amigo parece ter uma conceção superficial do pecado. Sim, ele tem uma lista, e provavelmente inclui a maior parte das coisas que nós rotulamos corretamente como pecados. Mas e os pecados que ignoramos, como os maus pensamentos ou motivos errados? Jesus estava preocupado não só com o que fazemos, mas com o que se passa dentro de nós. Ou o que diremos das coisas que falhamos ao não fazê-las, como revelar compaixão pelos outros, ajudar os que sofrem, testemunhar de Cristo? O salmista orou: "Quem pode ver os seus próprios erros? Purifica-me, Senhor, das faltas que cometo sem perceber" (Salmo 19:12, NTLH).
No entanto, o seu amigo preocupa-me por outra razão. Quando deixamos de perceber o quão pecaminosos somos, o orgulho toma conta de nós, e o orgulho é pecado. Jesus condenou os que acreditavam que eram mais justos do que os demais, porque ficaram cegos pelo seu próprio orgulho. Mas o orgulho não só nos cega para o nosso pecado; ele também nos cega para a nossa necessidade de Cristo e do Seu perdão. A Bíblia adverte: "O homem mau não se importa com Deus; por causa do seu orgulho ele pensa assim: ‘Para mim, Deus não tem importância’" (Salmo 10: 4, NTLH).
Seja honesto com os seus próprios pecados e volte-se para Cristo, para obter o perdão de que precisa. Depois ore pelo seu amigo, para que ele também perceba a profundidade do seu pecado – e ainda a maior profundidade da misericórdia e do amor de Cristo.
- Billy Graham
Discurso de Billy Graham em Silicon Valley sobre fé,ciência e tecnologia: