O Pai-Nosso considerado dispensacionalmente
E, orando, não useis de vãs repetições, como os Gentios, que pensam que, por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque o vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós Lho pedirdes. — Mateus 6:7,8
Os líderes religiosos adoram que o seu rebanho recite o Pai-Nosso - a oração que o Senhor ensinou. Têm-no feito durante séculos. Esta oração que o Senhor ensinou, o chamado Pai-Nosso, é uma das mais belas, significativas e tocantes orações nas Escrituras Proféticas, mas aqueles que a recitam hoje cometem dois grandes erros. Primeiro, o Senhor advertiu os discípulos de que não deveriam repetir esta oração, ou qualquer outra oração, (Mateus 6:5-7). A oração não é um exercício religioso de repetição, mas sim uma comunicação com Deus; portanto, deve sempre ser exercitada com o coração. Em segundo lugar, a Oração dos Discípulos, que é a forma mais correta de classificar esta oração, foi dada como modelo para aqueles que seriam chamados a suportar a Grande Tribulação. Uma vez que o Corpo de Cristo está livre da ira futura, esta oração não se aplica a nós nesta dispensação da graça de Deus (1 Ts. 5:9).
A Oração dos Discípulos
Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o Teu nome. A referência aqui a “Pai nosso” é ao Deus e Pai de Israel — o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Na profecia, o Céu era o Seu trono e a Terra o escabelo dos Seus pés. O Seu nome era tão sagrado que os judeus temiam pronunciá-lo em vão inadvertidamente. Consequentemente eles mudaram-no de Yahweh para Adonai - Senhor, Governante (Deuteronómio 5:11; Isa. 66:1; Mateus 15:31; Lucas 1:68).
Venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade assim na Terra como no Céu. A esperança de todo israelita era o estabelecimento do reino davídico. A vontade de Deus para a terra é derrubar os reinos deste mundo e estabelecer o reino milenar do Seu querido Filho (2 Sam. 7:8-17; Lucas 1:68-72; Apoc. 11:15; 20:6).
O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Na futura Grande Tribulação, Deus porá uma mesa no deserto para o Seu povo, como fez no passado. Os santos nesses dias terão necessidade de orar pela sua provisão diária de comida, pois não poderão comprar ou vender sem a Marca da Besta. Então, Deus nutrirá sobrenaturalmente a nação escolhida (Apo. 12:14 cf. Apo. 13:13-18).
E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Hoje devemos perdoar aos outros, assim como Deus, por amor de Cristo, nos perdoou, contudo sob o Evangelho do reino, o perdão estava baseado num espírito semelhante (Mateus 18:21- 35 cf. Efésios 4:32).
E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal [Gr. substantivo: maligno]. Porque Teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. O sentido aqui é: “Senhor, não nos induzas à Grande Tribulação, mas livra-nos de Satanás, que traz morte e destruição no seu rasto” (Ap 6:7-11; 12:12; 13:1-10).
por Paul M. Sadler