O Deus que ouve as orações
“Ó Tu que ouves as orações! A Ti virá toda a carne” (Salmo 65:2).
Ouvir as orações é um dos atributos de Deus. Faz parte da Sua natureza. Notemos bem o título que lhe foi atribuído – “Deus que ouve as orações”. Os atributos e o caráter de Deus são revelados nos títulos que Lhe são atribuídos.
A misericórdia de Deus nunca muda! (Mal. 3:6; Heb. 13:8). Ele ouve sempre.
Ele ouve as orações de “toda a carne” – de todas as gerações. Ele deleitou-se com as orações de Enoque, Abraão, Elias, Daniel, Pedro, Epafras, Paulo. Para Deus não importa se a oração é feita antes do Dilúvio, ou depois; se a oração é feita na Terra de Canaã, como fez Elias, ou no cativeiro, em Babilónia, como fez Daniel, ou na prisão em Roma, onde Paulo se encontrava.
No chamado Novo Testamento nós vemos Deus ouvir a oração da Cananeia, do Centurião, do Publicano, de Cornélio, de Pedro, de Paulo, …
Se há impedimento à oração ele reside sempre em quem ora e não em Deus que ouve as orações. É parte da Sua natureza ouvir, como é igualmente parte da Sua natureza a Sua justiça, omnipotência e misericórdia.
A oração, na humanidade, é universal. Os perdidos oram. Toda a gente ora. É o sentido de necessidade e fraqueza que leva a orar. É errado dizer que as orações dos perdidos nunca são ouvidas. O cego curado disse que Deus não ouve pecadores. Isto é verdade no sentido que ele o disse. Porém os casos de Agar, dos marinheiros no barco que levava Jonas, não devem ser ignorados. A misericórdia de Deus não pode ser limitada. Se Deus ouve o clamor das aves, não valem os homens mais do que muitos passarinhos? (Lucas 12:7).
Oremos, pois, com confiança. Deus nunca mandou cantar sem cessar, ou pregar sem cessar, mas mandou orar sem cessar (1 Tes. 5:17). Em Atos 6:4 os apóstolos quiseram selecionar diáconos para que eles se dedicassem à oração e à Palavra – oração primeiro. Quando Salomão edificou o templo, Deus disse que os Seus ouvidos estariam atentos, não aos sacrifícios ou cânticos, mas “à oração deste lugar” (2 Cró. 7:15; cf. Isa. 56:7).
Oremos, pois.
"Cheguemos pois com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno" (Hebreus 4:16).
- C.M.O.
