Controlo da ira

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     “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo.” - Efésios 4:26,27

      Por volta da viragem do século passado, a Igreja foi agraciada com uma série de grandes pregadores, mas nenhum foi tão tenaz e franco como Billy Sunday. Ele parecia ter um jeito especial de deixar claro um ponto. Diz-se que certa vez uma mulher, que era bem conhecida pelo seu mau humor, aproximou-se dele depois de uma das suas reuniões. Ela procurou justificar as suas ações dizendo: “Mas, Sr. Sunday, embora eu expluda por causa de qualquer coisa, acaba tudo num minuto.”

     O evangelista olhou-a diretamente nos olhos e disse: “Então é como um tiro de espingarda!! Também acaba em segundos, porém note o terrível dano que pode causar.”

     Deus criou-nos com uma ampla gama de emoções, cada uma das quais servindo um propósito. Sim, até a ira pode ser boa. Ao contrário da opinião popular, a ira, em si, não é pecaminosa. Observe como o apóstolo profere a sua declaração acima: “Irai-vos e não pequeis.” Em essência, Paulo está a dizer que temos todo o direito de ficar indignados com uma injustiça ou circunstâncias injustas.

     O recente debate sobre o “aborto por nascimento parcial” é um bom exemplo. Devemos ficar indignados com o “aborto” em geral e horrorizados com os “abortos de parto parcial” em particular. Qualquer procedimento (geralmente realizado com 7 ou 8 meses de gestação) que permite que a cabeça do bebê permaneça no canal do parto enquanto o abortista força um instrumento cirúrgico na base do crânio para aspirar o cérebro da criança é nada menos que um homicídio de primeiro grau. Aqui, uma ira justa é perfeitamente justificada. Na verdade, ocorre muitas vezes no Antigo Testamento lermos que a ira do Senhor se acendeu contra os Seus inimigos (Números 25:1-9; Jer. 12:13).

     Certamente que o nosso Senhor é um excelente exemplo de que a ira, em si, não é necessariamente pecaminosa, pois Ele não conheceu pecado. Assim, o Senhor estava bem dentro dos limites do comportamento piedoso quando exibiu ira justa contra aqueles que haviam feito da casa do Seu Pai um covil de ladrões (João 2:13-17). No futuro Período da Grande Tribulação, aqueles que rejeitam o ungido de Deus e adoram a besta e a sua imagem, beberão “… do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálix da Sua ira; e ser[ão] atormentado[s] com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.” (Apocalipse 14:10)

     Observa cuidadosamente que Paulo acrescenta à frase “irai-vos”, um aviso, "e não pequeis". A ira desenfreada pode facilmente transformar-se num acesso de ira incontrolável que normalmente deixa um caminho de destruição no seu rasto. Sem ser controlada, a ira transborda ressentimento que quase sempre resulta em alguma forma de retaliação. Isso pode assumir a forma de ataques verbais, ameaças ou até mesmo abuso físico.

     Na pior das hipóteses, é como um vulcão que aumenta a pressão durante um período de tempo e finalmente entra em erupção. Sempre que se assistimos a uma reportagem de um atirador solitário que entra no seu antigo local de trabalho com uma arma semiautomática e mata o seu supervisor e três outros colegas de trabalho, estamos a testemunhar a erupção de uma ira reprimida. Outro exemplo é o crente que permitiu que a sua ira levasse a melhor e disparasse sobre um médico abortista do lado de fora de uma clínica no sul. Com um simples premir de gatilho, aquele jovem desgraçou o nome de Cristo, rotulou todos os Cristãos como radicais aos olhos do mundo, destruiu o seu testemunho pessoal e acabou condenado a prisão perpétua. Estes são dois casos em que a ira saiu fora do controlo com resultados trágicos.

Como lidar com a ira

     Estamos a viver numa época em que a filosofia diz: “expressa-te abertamente”, “diz como é”, “abre-te”, “deita tudo cá para fora”. No entanto, as Escrituras aconselham-nos a exercer moderação.

     O fruto do espírito é “… amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5: 22,23). À medida que caminhamos pela graça por meio da fé, a temperança (domínio próprio) permitir-nos-á manter a nossa ira sob controlo. Mas como funciona isso num sentido prático? Aqueles que perdem o controlo num acesso de ira permitem que a sua ira tome o controlo deles. Consequentemente, a energia emitida por essa emoção geralmente é mal direcionada para alguém ou algo. A ira pecaminosa destrói. Assim, no calor do momento, muitas vezes são ditas e feitas coisas que causam danos irreparáveis ​​nos relacionamentos.

     Paulo acrescenta aqui em Efésios: “não se ponha o sol sobre a vossa ira”. Nunca devemos permitir que a nossa ira ferva durante a noite. Isso só fará com que esta se torne mais profundamente enraizada. “Não deis lugar ao diabo” (Efé. 4:27). Sabe que se deixares de lidar com as coisas do modo adequado, podes muito bem estar a dar a Satanás a oportunidade de abrir uma cunha mais profunda no teu relacionamento com os outros. Certamente, não ignoramos os seus ardis. Lembra-te sempre que Satanás é um oportunista.

Por Paul M. Sadler

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