A cruz de Cristo (III)
Durante os anos em que Uzias reinou, ele conduziu Judá num programa de paz e prosperidade. Mas enquanto a nação prosperava materialmente, estava totalmente corrompida espiritualmente. Notemos que no ano em que Uzias morreu, Isaías viu o Senhor sentado no seu trono. Uzias também esteve exposto à santidade de Deus, mas com consequências catastróficas. Apesar de este rei ter feito o que era correcto aos olhos do Senhor, transgrediu contra o Senhor, seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso. Uzias naquele preciso instante foi atingido com lepra e morreu seguidamente, devido à sua intrusão nas santas coisas de Deus (II Crónicas 26:16-23).
Um único pecado originou morte e baniu tanto Adão como Eva do jardim do Éden. Apenas um pecado impediu a entrada de Moisés na Terra Prometida. Um pecado terminou com as vidas de Ananias e Safira. Notemos que uma correcta compreensão da santidade de Deus conduz a um entendimento correcto do pecado. Quando Isaías estava na presença de Deus e ouviu os serafins clamando uns para os outros: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos: toda a terra está cheia da Sua glória. E os umbrais das portas se moveram com a voz do que clamava, e casa se encheu de fumo. A reacção de Isaías foi: “Ai de mim, que vou perecendo! porque eu sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios.” Porque Isaías tinha a correcta compreensão da Santidade de Deus, ele viveu, e as suas iniquidades foram retiradas, e o seu pecado perdoado (no Hebreu kaòphar ou expiado—Isa. 6:5-7).
Pelo facto de o pecado ser uma transgressão à santidade de Deus, o Pai não podia olhar para o Seu Filho pois estava a ser feito pecado por nós, e por esse acto singular somos justificados perante Deus. Absolutamente só, Jesus Cristo carregou o fardo dos nossos pecados. À medida que o desespero crescia, o Salvador afirmava: ” Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo”. Normalmente no Hebraico o termo “verme” refere-se no grego à palavra tola. A tola (coccus ilicis) é uma pequena larva, que pode ser encontrada em várias espécies de carvalhos perto do Mediterrâneo. Nos tempos antigos estas larvas eram esmagadas de forma a produzirem uma tinta escarlate. Tal como sabemos, Salomão vestiu a filhas de Israel em escarlate. O que estamos a tentar sugerir com esta analogia às tolas é que o peso dos nossos pecados (igualmente os de Israel) quebrantaram a vida do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual derramou o Seu precioso sangue para que agora possamos vestir as vestes da salvação.
(Continua)
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