Excerto do livro "A JORNADA", de Billy Graham - Respigo sobre a Bíblia

a jornada billy graham
   O que é a Bíblia?

     O que torna a Bíblia tão diferente dos outros livros? À primeira vista ela assemelha-se a qualquer outro livro (apesar de poderes ficar intimidado pelo seu tamanho). Também te podes interrogar se hoje tem alguma utilidade, visto que a maior parte dela relata-nos eventos que aconteceram há milhares de anos. Mas no entanto pessoas de todas as gerações têm descoberto que a sua mensagem é indispensável, e que a sua influência sobre os indivíduos e a sociedade ao longo dos séculos tem sido enorme. Porquê? O que é a Bíblia?


     Em primeiro lugar, a Bíblia é uma colecção de livros, escritos por muitos escritores durante muitos séculos. Alguns são muito breves — menos de uma página — enquanto que outros são muito mais extensos. Mas apesar da sua diversidade, quando os examinas, descobres que todos eles têm um tema comum: a relação de Deus com o género humano.

     Esta é uma das razões porque os livros da Bíblia são tão relevantes hoje como quando foram escritos. A Bíblia trata de questões intemporais: Quem somos? De onde viemos? Porque estamos aqui? Para onde vamos? Como devemos viver?

     Consegues pensar em questões mais importantes que estas? Como poderemos ignorá-las?


A Palavra de Deus

     Mas a Bíblia é importante por uma razão muito maior: A Bíblia é a Palavra de Deus. Sim, vários escritores humanos escreveram-na — mas por detrás deles havia um outro Autor: o Espírito de Deus. Mesmo quando eles não estavam cientes disso, Deus guiava-os de tal modo que o que escreviam não eram as suas palavras, mas a Palavra de Deus. O apóstolo Pedro escreveu, “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1:20-21). Deus quis falar-nos em palavras que pudéssemos compreender – e a Bíblia contém essas palavras.

     A Bíblia não é uma mera colecção de ideias humanas acerca de Deus, nem é um manual de vida que as pessoas desenvolveram há séculos. É a Palavra de Deus — e isso faz toda a diferença. Isto significa que a Bíblia é a nossa autoridade em tudo o que aborda. Isto significa que a Bíblia é o nosso guia que nos mostra como viver.  Acima de tudo, isto significa que a Bíblia é o nosso instrutor, ensinando-nos sobre Deus e o Seu plano de salvação em Cristo. O Velho testamento aponta para a vinda de Cristo; o Novo Testamento fala da Sua chegada. De Génesis a Apocalipse vemos o grande plano de Deus revelado — o Seu plano para trazer de volta a Si uma humanidade perdida. O tema central da Bíblia é a salvação, e a personalidade central da Bíblia é Cristo.

     A Bíblia é um presente de Deus para nós. Ela veio de Deus, e aponta-nos para Deus. A Bíblia diz de si mesma, “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” (2 Timóteo 3:16-17).


Podemos confiar nela?

     Uma vez que a Bíblia é a Palavra de Deus, não nos devemos surpreender que Satanás nos tente convencer do contrário. A primeira pergunta na Bíblia veio dos lábios de Satanás, lançando a dúvida sobre o que Deus tinha dito a Adão e Eva: “Foi assim que Deus disse ...? (Génesis 3:1). Depois tornou-se mais ousado, negando categoricamente o que Deus dissera: “Certamente não morrerás” (Génesis 3:4). Desde aquele dia tenebroso no Jardim do Éden, uma das estratégias mais persistentes de Satanás tem sido fazer-nos duvidar da veracidade e autoridade da Palavra de Deus.

     No Verão de 1949, a minha equipa e eu preparávamo-nos para a maior missão evangelística concentrada que tínhamos tentado: alcançar a cidade de Los Angeles, California. Apesar da imprensa o ter ignorado, várias centenas de igrejas juntaram-se para prepararem e orarem pelo planeado evento de três longas semanas. Nós críamos que Deus nos tinha levado ali, e bastantes pessoas oravam para que Ele usasse as reuniões para trazer muitos a Cristo.

     Contudo, semanas antes da missão começar, experimentei a maior crise de fé — a mais intensa da minha vida. Uns meses antes, um companheiro evangelista a quem eu respeitava muito tinha começado a expressar dúvidas sobre a Bíblia, instando-me a “encarar os factos” e a mudar a minha crença de que a Bíblia era a Palavra de Deus inspirada.  “Billy,” disse ele, “estás desactualizado cinquenta anos. As pessoas não aceitam mais a Bíblia como sendo inspirada da forma que apresentas. A tua fé é demasiado simplista.” Eu sabia através de livros que eu mesmo tinha lido que alguns teólogos modernos partilhavam dos seus pontos de vista.

     Durante meses as dúvidas sobre a Bíblia fervilhavam a minha mente, atingindo o ponto de ebulição durante uma conferência em que eu preguei nas montanhas Leste de Los Angeles. Uma noite, sozinho no meu quarto, eu estudei cuidadosamente o que a Bíblia dizia sobre a sua origem divina. Relembrei que os profetas criam claramente que estavam a proclamar a Palavra de Deus; eles usavam a frase “Assim diz o Senhor” (ou palavras semelhantes) centenas de vezes. Eu também, sabia que as descobertas arqueológicas tinham repetidamente confirmado a precisão histórica da Bíblia.

     Contudo, especialmente significativo para mim foi a própria visão que Jesus tinha das Escrituras. Ele não somente as citava frequentemente, como também as aceitava como Palavra de Deus. Quando orava pelos Seus discípulos Ele disse, “Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade” (João 17:17). Ele também lhe disse, “Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.” (Mateus 5:18). Eu não devia ter a mesma visão das Escrituras que o meu Senhor tinha?

     Finalmente fui dar uma caminhada pela floresta numa noite de luar. Ajoelhei-me com a minha Bíblia sobre um tronco de uma árvore diante de mim e comecei a orar. Não me lembro das palavras exactas que usei, mas a minha oração foi algo assim: “Oh Senhor, há muitas coisas neste livro que eu não compreendo. Há nele muitos problemas para os quais não tenho solução. ... Mas, Pai, pela fé aceito-O como Tua Palavra. A partir deste momento confio na Bíblia como a Palavra de Deus.”

     Quando me ergui, senti a presença de Deus como não sentia há meses. Nem todas as minhas questões tinham sido respondidas, mas eu sabia que uma enorme batalha espiritual tinha sido travada — e ganha. Nunca mais duvidei da inspiração divina da Bíblia, e a minha pregação adoptou imediatamente uma nova confiança. Esta foi, creio, uma das razões porque as nossas reuniões de Los Angeles tiveram que ser estendidas de três para oito semanas. 

     Não permitas que alguém abale a tua confiança na Bíblia como a Palavra de Deus. Se tiveres questões sobre ela, não as uses como uma desculpa para voltares as tuas costas a Deus. Em vez disso, enfrenta as tuas dúvidas e procura por respostas; não serás a primeira pessoa a colocá-las. (A tua livraria Cristã local poderá ajudar-te.) Em adição a isto, recomendo que leias pessoalmente a Bíblia com um coração e mente abertos. Pede a Deus que te mostre se ela é verdadeiramente a Sua Palavra  — e Ele fá-lo-á.

     A tua vida nunca mais será a mesma a partir do momento que confies na Bíblia como a Palavra de Deus. Deus começará a usá-la para mudar a tua vida.

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