Atos Dispensacionalmente Considerados - CAPÍTULO XXXIX – Atos 21:1-14 (2)

O AVISO DO ESPÍRITO PARA NÃO IR A JERUSALÉM
Aqui, como vimos, os discípulos “pelo Espírito diziam a Paulo que não subisse a Jerusalém” (Ver. 4).
Como já assinalámos, não era uma mera preocupação com o bem-estar de Paulo que obrigava estes discípulos a insistir para que ele não prosseguisse o seu caminho para Jerusalém; eles diziam “pelo Espírito”. Também mostrámos que a fraseologia, no Grego, não indica uma proibição direta, mas sim um aviso e um apelo. É provável, além disso, que Paulo entendesse que este aviso era do Espírito, pois ele já havia dito: “O Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações” (20:23).
As suas respostas a tais pedidos e avisos indicam fortemente que ele não os considerava como uma proibição divina contra a sua ida a Jerusalém, mas as considerava como um desafio e um teste à sua fidelidade (Veja 20:24; 21:13).
Assim, embora os motivos e propósitos do apóstolo fossem de facto nobres, não se pode dizer que ele estivesse na vontade diretriz de Deus ao ir a Jerusalém. Certamente que os avisos persistentes do Espírito contra a ida a Jerusalém não deveriam ser interpretados como a guia de Deus para ir lá.
Atos dispensacionalmente Considerados
Cornelius R. Stam



