Atos Dispensacionalmente Considerados - CAPÍTULO XXXVIII – Atos 20:13-38 (13)

Acts dispensationally considered

 

AS LÁGRIMAS DE PAULO

     Outros escritores, notavelmente Dean Howson, observaram que as lágrimas que Paulo derramou durante o seu ministério por Cristo, como as do seu Salvador, manifestaram três aspetos da sua natureza, e que encontramos ambos os três nesta única passagem em Atos.

     O nosso Senhor, quando estava na Terra, derramou lágrimas de sofrimento e angústia na cruz (Hebreus 5:7), lágrimas de cuidado pastoral ao chorar sobre Jerusalém (Lucas 19:41) e lágrimas de afeição natural, quando chorou com os enlutados junto ao sepulcro de Lázaro (João 11:35).

     A este respeito, Paulo refletiu a natureza do seu Mestre e Senhor, conforme indica a própria passagem que estivemos a considerar.

     Primeiro, ele fala das suas “muitas lágrimas” ocasionadas “pelas ciladas dos Judeus” (Ver. 19). Essas foram lágrimas de sofrimento e angústia, espremidas dos seus olhos pela amarga, constante e implacável oposição dos Judeus ao seu ministério. A sua vida, como vimos, estava em constante perigo enquanto eles conspiravam contra ele, instigando as multidões contra ele ou tentando emboscá-lo. Ele teve que se manter firme, fugir pela sua vida ou esconder-se dos seus perseguidores, como as circunstâncias (e algumas vezes o Senhor) indicavam. Ele teve que tomar decisões rápidas, alterar planos importantes, deixar recém-convertidos e amigos devotos repetidas vezes por causa da violenta oposição dos seus parentes. Tudo isso afetou de tal modo o seu sistema nervoso, que ele frequentemente começava a chorar simplesmente porque a pressão era demasiado grande.

     Mas também como o seu Senhor, ele derramou lágrimas de cuidado pastoral. “Não cessei, noite e dia, de admoestar”, diz ele, “com lágrimas” (Atos 20:31). Não admira que o seu ministério tivesse sido tão eficaz! Ele chorou ao lidar com os seus filhos na fé acerca das suas vidas e doutrina - ele chorou para que as suas advertências não caíssem em ouvidos moucos.

     Mas ele também chorou lágrimas de afeição natural. Embora seja verdade que se diz dos anciãos da igreja em Éfeso que "todos” choraram com “um grande pranto” (Ver. 37), quem questionará que Paulo tivesse chorado com eles? Foi o seu amor por eles que conquistou os seus corações e agora ele derramou lágrimas de afeição humana natural com eles.

     A última viagem de Paulo a Jerusalém tem tanto comparações como contrastes com a jornada de nosso Senhor para sofrer e morrer.

     O nosso Senhor, é claro, foi a Jerusalém para morrer pelos pecados dos outros, enquanto Paulo foi porque, tendo conduzido a sua nação à oposição a Cristo, ele agora sentia a responsabilidade de lhes testemunhar de Cristo. Além disso, Cristo foi a Jerusalém na vontade diretriz de Deus, enquanto que Paulo não. Mas os seus sofrimentos em Jerusalém, como os de Cristo, foram preditos de antemão. Além disso, Paulo, como o seu Senhor, estava cercado de amigos tristes a caminho de Jerusalém. Ele, como Cristo, ficou angustiado com a perspectiva do seu sofrimento (Atos 21:13; Romanos 15:30,31; cf. João 12:27). Como o seu Senhor, o apóstolo também se achou o alvo da inimizade Judaica e como o seu Senhor ele teve que ouvi-los gritar: “Tira da terra um tal homem, porque não convém que viva” (Atos 22:22).

 Atos dispensacionalmente Considerados

Cornelius R. Stam

 

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