Atos Dispensacionalmente Considerados - CAPÍTULO XXXVIII – Atos 20:13-38 (12)

A DESPEDIDA
A cena de despedida é quase sagrada demais para haver intromissão.
Tendo terminado o seu discurso, o apóstolo ajoelhou-se na praia com os seus amados cooperadores para uma oração de despedida. Lucas não registou a oração para nós. Talvez isto tivesse sido impossível de qualquer maneira, pois havia ali um surto mútuo de pesar quando todos os presentes entraram em “grande pranto ... e, lançando-se ao pescoço de Paulo, o beijavam [Lit. beijaram ardentemente], entristecendo-se muito, principalmente pela palavra que dissera, que não veriam mais o seu rosto” (Vers. 36-38).
Na verdade, eles deveriam ter-se entristecido sobretudo com a previsão de que surgiriam entre si apóstatas, mas isto deve ter sido difícil para eles aceitarem naquelas circunstâncias, pois o seu amor por Paulo e a sua tristeza de pensar em não ver mais o seu rosto mostrava quanto o seu ministério e mensagem significavam para eles.
É emocionante ver o grupo molestado pela tristeza acompanhar o apóstolo até ao navio que o espera, agarrando-se a ele até se tornar necessário ele afastar-se deles.[1]
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[1] A expressão “separando-nos”, em 21:1 significa, literalmente, “arrancando-nos” ou “desprendendo-nos”.
Atos dispensacionalmente Considerados
Cornelius R. Stam



