Atos Dispensacionalmente Considerados - CAPÍTULO XXXV – Atos 19:23-41 (2)

Acts dispensationally considered

 

DEMÉTRIO

     Demétrio, o ourives, foi, é claro, o instrumento humano que Satanás usou para desencadear a revolta em Éfeso. Ele parece ter estado à frente de uma associação de ourives e de outros de “obras semelhantes” e tinha sido instrumental em trazer-lhes “não pouco lucro” através da venda de nichos [ou, relicários] de prata “de”[1] Diana. Os devotos de Diana compravam esses relicários em miniatura para os transportar consigo, exibir nas suas casas ou deixar no próprio templo como um ato de adoração, assim como os Romanistas hoje apresentam os seus rosários e imagens em Lourdes e Sainte Anne de Beaupré (Santa Ana de Beaupré) [e Fátima]. Além disso, Éfeso, sendo um dos maiores portos marítimos do Mar Egeu, viajantes de longe e de perto também compravam esses relicários de prata para levar para casa como lembranças da mundialmente famosa Diana e do seu templo.

     

Preocupado com o forte declínio nos negócios desde a aparição de Paulo em Éfeso, Demétrio chamou os membros da associação para discutir a situação. Com simplicidade quase ingénua, ele afirmou o propósito da reunião e a verdadeira razão da sua preocupação com Diana e o seu templo: “deste ofício temos a nossa prosperidade” (Ver. 25). Paulo, argumentando que "não são deuses os que se fazem com as mãos", estava a prejudicar os negócios. Esta era a causa humana por detrás do alvoroço. Pouco importa se Paulo estava certo ou errado na sua disputa; ele estava a causar-lhes perda pessoal.

     Essa passagem ensina ainda mais que aqueles que se apegavam à idolatria por lucro queriam realmente que as massas crédulas atribuíssem significado sobrenatural a essa mercadoria “feita por mãos”, caso contrário, qual a razão da oposição à afirmação de Paulo de que aqueles objetos não eram deuses?

     Como já mostramos, Satanás, “o deus deste século” (2 Cor. 4: 4), era o poder em movimento por detrás de tudo isto, desviando de Deus a adoração dos homens, e os seus esforços nessa direção têm continuado até hoje.

     Até mesmo a Igreja de Roma, enquanto luta pela representação e simbolismo diante dos protestantes, na realidade leva os seus devotos a atribuir significado sobrenatural a coisas “feitas por mãos”.

     O escritor tem diante de si uma carta recebida dos Frades Franciscanos da Expiação, em Graymoor, Nova York. Esta contém, como “presente de Páscoa”, uma medalha[2] de São Pio X, que supostamente tocou o seu corpo e foi abençoada pelo Papa Pio XII. Os frades de Graymoor enviam a medalha, certamente, para promover a devoção a São Pio X, mas também - é claro - com a oração e a sugestão de que São Pio X inspirará o destinatário a fazer algum sacrifício para ajudar a educar jovens para o sacerdócio!

     "Deixe que São José resolva o seu problema", diz um anúncio de jornal pago e, a propósito, um terço de São José será enviado a alguém que envie uma contribuição de um dólar ou mais para a instituição Católica que coloca o anúncio. Em outro periódico, pequenas propagandas continuam a aparecer incitando os seus leitores a “acender uma vela” em homenagem a “Nossa Senhora da Medalha Milagrosa”, ou “São Cristóvão”, para uma “viagem segura”, ou “Santo António, descobridor das coisas perdidas, ou “O Menino Jesus de Praga” para “finanças”, ou “Santa Ana”, para um “casamento feliz” ou “São José”, para “emprego e boa morte”. Como obter essas “velas”? Isso é explicado na página 32, onde os preços são apresentados.

     Estas são apenas algumas das evidências vistas em todos os lugares que Roma promove a superstição e a idolatria para obter ganhos financeiros. Bem nos lembramos do nosso espanto com os preços quase inacreditáveis ​​cobrados pelas bugigangas religiosas mais baratas no Santa Ana de Beaupré em Quebec, Canadá.

     Assim, o espírito que levou Demétrio a convocar uma reunião da sua associação ainda prevalece hoje. Mesmo entre os protestantes, sim, e os fundamentalistas, os interesses adquiridos desempenham um papel proeminente na resistência obstinada aos avanços e reformas espirituais.

     Quão transparente é o argumento completo de Demétrio! “O ensinamento de Paulo está a pôr em risco os nossos negócios - e, é claro, a glória da nossa deusa, Diana"! Porque teve ele que cobrir a sua ganância com o manto da religião? Foi o perigo para o “lucro” deles, a sua “prosperidade”, o seu “ofício” que despertou Demétrio e os seus companheiros da associação, caso contrário, pouco se importariam com a glória de Diana e se a grande multidão de pessoas comuns a adoravam ou não. De qualquer forma, “a nossa prosperidade” surgia em primeiro lugar com os líderes, depois a glória de Diana, mas a glória de Diana viria primeiro com as multidões e seria usada para restaurar a riqueza dos líderes.

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[1] Evidentemente a fachada do templo, com a figura de Diana no centro.

[2] Não vale quase nada em valor real.

 

 

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