Atos Dispensacionalmente Considerados - CAPÍTULO XXXIV – Atos 19:1-22 (9)

MILAGRES EM CORINTO
Aqueles que supõem que os poderes miraculosos da era apostólica eram um sinal de espiritualidade, e que afirmam que, se fossemos mais espirituais, também possuiríamos esses poderes, deveriam parar e considerar o caso dos crentes Coríntios.
Das cartas de Paulo aos Coríntios, é evidente que eles eram, de todas as igrejas, os mais não espirituais, mas ele reconhece: "... nenhum dom vos falta ..." (1 Cor. 1:7). Que os “dons de curar ... a operação de maravilhas ... profecia ... variedade de línguas”, etc., estavam incluídos nestes “dons” é evidente de 1 Cor. 12:9,10.
Pelo facto de a igreja estar à frente de outros na posse dos dons miraculosos, devemos concluir que a posse de tais dons não era indicação de espiritualidade.
O que é que, então, estes indicavam? Simplesmente que Deus estava a operar. Eram sinais para os incrédulos e especialmente para os Judeus incrédulos (1 Cor. 1:22).
Assim, torna-se particularmente significativo que foi exatamente esta igreja não espiritual que possuía a maioria dos dons sinais. Quer os crentes em Corinto ainda se reunissem ou não na casa que “estava junto à sinagoga” naquele tempo, eles estavam certamente sob a observação constante dos Judeus da sinagoga de lá. Esses Judeus certamente que não ficariam impressionados com a vida que estes crentes carnais levavam, mas, olhando para os sinais, teriam que reconhecer que o novo movimento era obra de Deus (veja João 3:2).
Atos dispensacionalmente Considerados
Cornelius R. Stam



