Atos Dispensacionalmente Considerados - CAPÍTULO XXXIV – Atos 19:1-22 (6)

A BÊNÇÃO DE DEUS SOBRE O SEU MINISTÉRIO
Não se deve supor de tudo isto que Paulo foi esmagado em espírito e continuou o seu ministério extenuante somente por um sentido de dever rigoroso. Longe disso! Com confiança em Deus e, sem dúvida, com a inspiração e o encorajamento de fiéis cooperadores na obra,[1] ele manteve um notável equilíbrio espiritual. Como ele escreveu aos Coríntios pouco depois:
“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados [esmagados]; perplexos, mas não desanimados;
“Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos” (2 Cor. 4:8,9).
Assim, o seu ministério em Éfeso foi abençoado de forma desmedida. No versículo 10 de Atos 19, aprendemos que, através de seu ministério, todos na Ásia ouviram “a palavra do Senhor Jesus”; no restante do capítulo, que ainda temos que considerar, encontramos uma grande parte da população de Éfeso queimando voluntariamente os seus livros pagãos numa fogueira pública, tanto “a Palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia” (Ver. 20). E estas vitórias espirituais são atestadas por Demétrio, ourives, que se queixou de “não só em em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e afastado uma grande multidão, dizendo que não são deuses, os que se fazem com as mãos” (Ver. 26). Não é de admirar que Paulo escrevesse aos Coríntios: “uma porta grande e eficaz se me abriu” (1 Cor. 16: 9). Em todas as suas perseguições e sofrimentos, Deus estava a operar.
Antes de encerrarmos este exame do ministério de Paulo em Éfeso, ainda temos de considerar dois casos específicos da bênção de Deus sobre ele: um referente a Israel e outro aos Gentios.
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[1] Incluindo Onesíforo, que o ajudou de muitas maneiras (2 Tim. 1:16-18).
Atos dispensacionalmente Considerados
Cornelius R. Stam



