A desonestidade do mordomo infiel é aprovada?

vanryn.jpg     Como é que o Senhor pode aprovar ou recomendar a desonestidade do mordomo infiel em Lucas 16:1-13?

     No capítulo 15 temos um homem rico, o Pai rico que dividiu os Seus bens com os Seus filhos. Neste capítulo 16 temos um homem rico que confiou os Seus bens ao Seu mordomo.

     Temos um Pai rico no capítulo 15; um Senhor rico no capítulo 16.

     Temos Deus Pai e um filho no capítulo 15; temos Deus Filho e um mordomo no capítulo 16.

     O capítulo 15 apresenta o homem como filho pródigo; o capítulo 16 apresenta-o como mordomo pródigo.

     Tanto o filho como o mordomo pródigos desperdiçaram os seus bens (15:13; 16:1). Um desperdiçou os bens do Pai; o outro, os bens do Senhor. Um prefigura a conduta do pecador; o outro, a responsabilidade do santo.

     Ambos desperdiçaram os bens que tinham. Eles não os roubaram ou venderam para seu próprio proveito pessoal; não, eles desperdiçaram-nos, esbanjaram-nos. Oh, quanto da vida é um desperdício com muitos! O filho pródigo prefigura um pecador a desperdiçar a sua vida em pecado, vindo a lamentar um dia tal desperdício, ou aqui ou na eternidade. O mordomo pródigo prefigura o desperdício da vida num crente, pois todo o crente é um mordomo de Cristo – um dia terá de Lhe prestar contas. Quantos crentes desperdiçam o seu tempo, capacidade, dinheiro, etc., em vez de os usar para Sua glória e bênção de preciosas almas.

     Ver. 2 – “... Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo”.

     “Dá contas da tua mordomia” é a mensagem para este mordomo infiel. Como crentes todos nós teremos de prestar contas a Deus. Compareceremos no Tribunal de Cristo onde o nosso serviço será passado em revista e, como resultado, recompensado ou censurado, naquele dia. Que tenhamos sempre isto diante dos nossos olhos!

     No entanto a mordomia não lhe foi retirada imediatamente, como a continuação da história indica. Ele fica com um pouco de tempo para preparar o futuro, antes de lhe ser tirada a mordomia. Assim é connosco. Nós ainda temos tempo concedido para nos prepararmos para aquele dia em que teremos de abrir mão da nossa mordomia. Este mordomo da nossa história tirou vantagem dessa demora para providenciar para si, para o futuro. É essa providência – essa preparação para o futuro – que o nosso Senhor recomenda. O Senhor não aprovou a desonestidade do mordomo; Ele não recomendou o uso abusivo que ele fez dos bens do Seu Senhor; tudo o que Ele recomendou foi a sua astuta providência na preparação do futuro. A moral da história é simples: como servos de Deus devemos armazenar para o futuro, e não desperdiçar aqui os bens do Senhor. Os filhos deste mundo são mais sábios na sua geração do que os filhos da luz, pois actuam sabiamente, providenciando para os dias que jazem à frente. Nós devemos viver as nossas vidas com o futuro eterno em vista, estabelecendo um bom fundamento para o futuro, colocando tesouros no céu, enquanto simultaneamente somos uma bênção para os homens e glorificamos Cristo.

     Já agora, escuta este mordomo quando ele chama a si os devedores do seu Senhor: “Quanto deves ao meu Senhor?” Diz, companheiro Cristão, deixa-me fazer retinir esta pergunta nos teus ouvidos: “Quanto deves ao meu Senhor?” Tu não sabes; tu nunca saberás. Mas tu sabes que Lhe deves TUDO. Tu deves-lhe a tua vida, a tua saúde, o teu dinheiro, a tua salvação eterna, o teu lugar com Ele na bem-aventurança eterna. Como diz o lindo hino antigo:

     Então Senhor [no céu] eu saberei inteiramente,
     Não antes; o quanto Te devo verdadeiramente.

     Oh, lembremo-nos quanto devemos ao nosso Senhor, e procuremos, com a Sua ajuda, a amortizar um pouco a tremenda dívida de gratidão que contraímos quando confiámos n’Ele como nosso Salvador e Senhor.


August Van Ryn

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