Homens: Precisam-se já!

Há vagasUma chamada para que homens de Deus respondam ao desafio da nossa geração.
 

     Este artigo foi originalmente publicado na edição de Outubro de 1945 da revista THE FIELDS. O seu alvo primordial era convocar obreiros para o ultramar. Nós sabemos que a necessidade é grande em toda a parte, mas gostaríamos de particularmente aplicar este artigo ao campo missionário em Portugal. Reimprimimo-lo com a mesma oração com que o seu autor o conclui. 

     A grande necessidade da atualidade é de homens novos que queiram servir o Senhor em campos não evangelizados. Assim sendo, que tipo de homens são necessários?

1. Homens que conheçam Deus. Com isso não queremos dizer homens que estejam meramente salvos, mas homens que, através de um profundo exercício de alma diante de Deus e através do estudo da Sua Palavra, têm crescido no Seu conhecimento e no conhecimento dos Seus caminhos no estado da comunhão em que foram chamados em Cristo. Só homens assim têm valor real no Seu serviço, e só estes podem suportar a pressão e esforço do trabalho para Ele. 

2. Homens enviados por Deus. Isto é importantíssimo. Só o homem que Deus envia para um campo de serviço definido pode servir de ajuda nesse lugar. Não é novidade acontecer surgir no campo quem não foi enviado por Deus para lá. O resultado é sempre insatisfação e infelicidade para o potencial obreiro e um problema para a própria obra. Tal obreiro acabará eventualmente por voltar atrás, voltando para um emprego secular ou ficar, tornando-se então num centro de permanente fricção e irritação.

3. Homens que tenham a glória de Cristo e a necessidade dos homens no coração. O nosso serviço é primariamente o serviço do nosso Senhor Jesus Cristo. O homem que está sempre a pensar em si mesmo, está sempre preocupado com os seus “direitos”,  espera sempre a apreciação dos outros, e ofende-se se não recebe o que pensa que lhe é devido – um homem destes nunca deve ser recomendado para a obra do Senhor. Isto deveria ser óbvio, mas nem sempre se exerce cuidado nesta matéria. O servo de Cristo deve ter amor por Cristo e pelos que se comprazem com o auto-sacrifício.

4. Homens que enfrentem o desalento e não desanimem. A obra missionária, no próprio país ou no estrangeiro, não é um piquenique. Muitas vezes é uma obra lenta e fatigante; pregando-se frequentemente aos peixes. Os conversos são raramente ganhos em quantidade; as tentações fortes fazem-nos muitas vezes voltar para o pecado. Um homem tem de estar certo do seu Deus, e, mesmo que as circunstâncias exteriores de serviço possam ser desanimadoras ele tem de continuar firme no Seu serviço.

5. Homens que sejam estudiosos da Palavra. A obra pioneira requer muito estudo genuíno e profundo conhecimento da Palavra de Deus. Isso também é óbvio. O pioneiro vai lidar com pessoas que muitas vezes nada sabem de Deus, do pecado, da justiça, da expiação, e de outras verdades da Palavra de Deus. O servo de Deus tem de conhecer a Palavra, ou como poderá ensiná-las? E que nenhum homem pense que no campo cultivará hábitos de estudo constante sistemático se não os cultivou antes. As interrupções contínuas desta vida militam contra a formação de hábitos de estudo; muitas vezes é necessária uma resolução mais forte para se manter um tempo devocional necessário a fim de se garantir frescura contínua no ministério. Só hábitos fortes de estudo, formados anteriormente no meio das muitas contrariedades normais da vida quotidiana, pode preparar o homem para as pressões do campo.

6. Homens que possam ensinar outros. Que nunca seja dito, “Fulano tal não ajuda muito aqui, mas como missionário será útil”. Será útil? Em quê? A obra de um missionário é ensinar, e se ele não fez esse trabalho antes, como o fará depois? O campo não precisa de homens que a assembleia mãe possa dispensar. Necessita daqueles que são considerados indispensáveis ali. Em Actos 13 o Espírito de Deus chamou profetas e ensinadores para a obra no estrangeiro, e é destes que a obra carece agora. O  missionário conduz os homens a Cristo e edifica assembleias de crentes bem instruídos na verdade. A competência na obra missionária não pode ser menor que na igreja mãe.

7. Homens que queiram aprender. O campo não precisa de homens que pensam que sabem tudo, e que mal chegam, acham que têm de instruir os obreiros mais velhos como é que as coisas devem ser conduzidas. Pode haver razões específicas de porque é que as coisas são feitas como são, razões encontradas nos costumes ou preconceitos locais. O obreiro mais jovem deve querer aprender primeiro a fazer as coisas com humildade; depois, mais tarde, se as suas primeiras impressões se confirmarem, pode ajudar os outros a verem da mesma forma.

8. Homens que cooperem com outros. Os missionários são muitas vezes homens de carácter forte, e são atirados para uma associação muito mais chegada do que acontecia na sua igreja mãe. Se um irmão é incapaz de ter comunhão com os seus irmãos na igreja mãe, nunca deveria ser recomendado para a obra no exterior. Enviar um homem (como foi dito de um) “para se livrarem dele” é um erro terrível, um insulto a Deus e aos que o vão receber.

9. Homens de senso equilibrado. O campo requer homens sãos; homens que segurem a Palavra de Deus com equilíbrio. O homem com ideias peculiares e que está sempre “a tocar guitarra com uma só corda” deve ficar onde está. E não só isto, o homem que parte para o campo deve poder avaliar aparentes resultados: distinguir a falsa profissão da verdadeira, não contando todo o professo como “salvo”. E deve poder formar um são juízo dos muitos problemas de procedimento e disciplina com que se defrontará.

10. Homens de carácter imaculado. O homem que parte como representante do Senhor tem de ser alguém que não tenha nenhum compromisso com o mal, seja sob que forma for; nenhum compromisso com o mundo; nenhuma conduta descuidada ou não adequada para com o sexo oposto; mas antes de uma pureza imaculada e experiência diária de vitória sobre o pecado por meio do poder do Senhor. Ele tem de saber que o domínio próprio (temperança) é parte do fruto do Espírito. O campo é um lugar de tentações ferozes, e só aquele que aborrece o pecado e conhece o segredo do vencedor pode ter ali algum valor. A obra de Deus exige os melhores homens disponíveis! Ora diariamente ao Senhor da seara para que envie ceifeiros destes!

- Albert Horton

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