03-09-08 - Sexualização precoce empurra raparigas para a depressão e problemas físicos

“Os avanços sexuais dos rapazes, a pressão de vestirem roupas que as façam parecer mais velhas e revistas e sites que as orientam para perder peso ou considerarem a cirurgia plástica foram identificados como cargas pesadas”, diz o estudo.
O Dr. Andrew McCulloch, chefe executivo da Fundação de Saúde Mental que trabalhou no estudo, disse: “As raparigas estão a ser forçadas a crescer a um ritmo anti-natural numa sociedade que nós, como adultos, criámos e isso está a prejudicar o bem-estar emocional delas”.
“Estamos a forçar as nossas jovens a crescerem rápido demais e não lhes estamos a dar os espaços e experiências que elas precisam para se sentirem seguras e confiantes. Estamos a criar uma geração debaixo do stress”.
O estudo, comissionado pela Fundação de Saúde Mental e pela organização de escuteiras, questionou 350 escuteiras entre os 10 e os 14 anos e inclui entrevistas detalhadas com adolescentes de toda a Inglaterra. Dois terços das raparigas interrogadas online sentem “revolta e tristeza” pelo menos em parte do tempo e metade acha difícil lidar com esses sentimentos. Um quarto fica “muitas vezes preocupada, enquanto metade acha difícil lidar com a sua ansiedade.
Muitas das raparigas disseram que têm amigas ou membros da família que sofreram de problemas de doença mental. Dois quintos conhecem alguém que provocou lesões no próprio corpo, um terço tem uma amiga que sofreu de desordem alimentar e quase duas em cinco conhecem alguém que teve experiência com ataques de pânico. Muitas sentem que provocar lesões físicas em si poderia estar dentro do espectro de “conduta adolescente típica” e que não é necessariamente sintoma de um problema de saúde mental. Um quarto disse que conhecem alguém que usou drogas ilegais, enquanto dois quintos tiveram a experiência de alguém que bebia álcool demais.
As raparigas vêem as famílias que apoiam e os grupos de amizade como os “mais importantes factores” para lidar com esses problemas.
Esse estudo mais recente apoia pesquisas anteriores conduzidas pela organização de escuteiras que constatou que as raparigas estão particularmente sob pressão para se parecerem com celebridades que elas vêem nas revistas e na televisão. Dois terços das raparigas confessaram que se sentiam piores consigo mesmas quando viam fotos de modelos nas revistas e na TV.
Uma pesquisa anterior de membros da Girlguiding UK revelou que as modelos mais citados pelas raparigas entre os 10 e os 25 anos incluíam a esquelética Victoria Beckham, uma ex-cantora das Spice Girls e esposa da super-estrela do futebol David Beckham, a cantora inglesa Leona Lewis, Kate Moss, a “supermodelo” que foi pioneira do estilo “heroin chic waif look” na década de 1990, e a cantora Amy Winehouse, uma viciada em crack cujos problemas com o álcool e a conduta autodestrutiva se tornaram notícia dos tablóides desde 2007.
Quarenta e quatro por cento admitiram que conseguiam lembrar-se mais de esposas e namoradas de jogadores famosos de futebol do que de mulheres na política. Quarenta e dois por cento das moças interrogadas mencionaram as celebridades como a maior influência das raparigas e mulheres jovens.
“As jovens de hoje enfrentam uma nova geração de pressões que deixam muitas a padecer de stress, ansiedade e infelicidade”, disse a Guia Chefe Liz Burnley. “Todos nós que nos importamos com as raparigas temos uma parte a desempenhar no ajudá-las a achar uma saída para essas exigências de conflito a fim de construirem a confiança que elas precisam para serem elas mesmas”.
Em 2007, um relatório da Associação Americana de Psicologia (AAP) recomendou a remoção de todas as imagens ‘sexualizadas’ de mulheres nos meios de comunicação, chamando-as prejudiciais para a auto-imagem e desenvolvimento saudável das raparigas.
A Dra. Eileen L. Zurbriggen, que dirige a força-tarefa da AAP que conduziu o estudo, disse: “As consequências da sexualização das raparigas nos meios de comunicação são bem reais e provavelmente são uma influência negativa no desenvolvimento saudável das raparigas”.
“Temos ampla evidência para concluir que a sexualização tem efeitos negativos numa variedade de domínios, inclusive no funcionamento cognitivo, na saúde física e mental e no desenvolvimento sexual saudável”.
Raparigas, tomai como exemplo as cinco moças que seguiram as pisadas de Abigail (1 Samuel 25:42), inspirando-vos no seu exemplo, como mulher de Deus modelar, e sereis verdadeiramente felizes.
"Mulher virtuosa quem a achará? o seu valor muito excede o de rubins. ... Enganosa é a graça e vaidade a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada" (Provérbios 31:10,30).