03-08-12 - Maioria dos filhos de ateus mudam de ideia quando adultos
Pessoas que crescem num lar ateu são menos propensas a manter as suas crenças sobre religião quando adultos, indica um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa Aplicada do Apostolado, da Universidade de Georgetown.
Apenas cerca de 30% das pessoas que foram criadas num lar ateu continuaram a ser ateus depois de adultos.
Esta “taxa de retenção” é a menor entre as 20 diferentes categorias do estudo.
Foram ouvidos 1.387 ateus na pesquisa. Quatrocentos e trinta e dois entrevistados disseram ter sido criados por pais ateus. Desses, apenas 131 se identifica como ateu hoje.
“Os resultados mostram que os ateus americanos, na sua maioria, “tornaram-se” incrédulos quando adultos, mesmo tendo sido criados em outra fé. Parece ser muito mais desafiador criar uma criança ateia e fazê-la manter essa identidade por toda a sua vida “, explica o Dr. Mark Gray, um dos pesquisadores .
Gray também observou que, “entre os que foram criados como ateus, hoje 30% estão filiados a uma denominação protestante, 10% são católicos, 2% são judeus, 1% são mórmons, e 1% são pagãos”.
Os Hindus tiveram a maior taxa de retenção de 84%, seguido pelos judeus (76%), muçulmanos (76%), ortodoxos gregos (73%), mórmons (70%) e católicos (68%).
Entre os cristãos protestantes, os Batistas teve a maior taxa de retenção (60%), seguido por Luteranos (59%) e pentecostais (50%).
Testemunha de Jeová (37%), membros da Igreja Congregacional (37%) e da Igreja Holiness (32%), tem as menores taxas de retenção. Entre os que cresceram sem uma fé religiosa ou sistema de crenças em particular, 38% permaneceram dessa forma.
O estudo utilizou como base os dados do Fórum Pew sobre Religião e Vida Pública dos EUA de 2008.