09-04-2019 - “Se o céu fosse feito para o Estado Islâmico, eu escolheria o inferno”, diz ex-muçulmano
As consequências dos ataques promovidos pelo Estado Islâmico em diversos países do mundo são várias. Além das mortes e do terror que até hoje afetam milhares de famílias, o trauma emocional entre os próprios muçulmanos também é uma realidade, especialmente após entenderem a Verdade acerca de Deus e do Evangelho cristão.
Muitos deles decidiram abandonar o islamismo e crer em Jesus Cristo. Não foram os cristãos os responsáveis por essas conversões, mas a própria intolerância da doutrina islâmica praticada por alguns grupos.
“Se o EI representa o Islão, eu não quero mais ser muçulmano. O deus deles não é o meu Deus”, disse Farhad Jasim, de 23 anos, que atualmente frequenta uma igreja cristã na Síria, conhecida como a “Igreja dos Irmãos”, segundo a NBC News.
“A maioria dos irmãos converteram-se ou vieram à igreja como resultado do que o Estado Islâmico fez com eles e as suas famílias”, disse Omar, ancião na igreja. O ancião, porém, não quis dar entrevistas com receio da perseguição.
“Ninguém é forçado a se converter. A nossa arma é a oração, compartilhar o espírito de amor, fraternidade e tolerância”, acrescenta, explicando que até hoje impera na Síria, onde fica a comunidade, leis que punem os que abandonam o islamismo.
Geralmente os convertidos são banidos pelas suas famílias e de suas casas. Eles sofrem consequências sociais e psicológicas. “Mesmo sob o regime sírio antes da revolução, era estritamente proibido mudar a religião do Islão para o cristianismo ou outra”, disse Omar.
Firas, outro crente na congregação que também não teve o sobrenome revelado por motivo de segurança, também disse ter visto barbaridades que o fizeram enxergar o contraste entre a revelação de Deus, através de Cristo, e uma doutrina feita por homens.
“Eu vi homens e adolescentes serem chicoteados nas ruas porque foram apanhados a fumar. Eu vi cadáveres de jovens a ser atirados de prédios altos por serem gays”, disse ele, referindo-se aos dias do Ramadão, em que os muçulmanos devem obedecer a determinadas regras.
“Se o céu fosse feito para o EI e sua crença, eu escolheria o inferno para mim, em vez de estar novamente com eles no mesmo lugar, mesmo que fosse no paraíso”, finaliza Firas.
- in Gospel +