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Reunião online de 12 ABR 20 - complemento

Reunião Online em 12ABR20

 

Relativamente à questão levantada no fim da reunião em apreço, recebemos do irmão Alberto Veríssimo a seguinte gentileza:

 

Se o Negarmos ele nos Negará

     A dúvida está na segunda parte de 2 Timóteo 2:12, "se o negarmos, também ele nos negará". Mas repare bem onde o contexto começa, nos versículos 1 ao 5: "Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idóneos para também ensinarem os outros. Ninguém que milita se embaraça com negócios DESTA VIDA, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente." (2 Tm 2:1-5).

     Se ainda não tem a certeza da sua salvação, e ainda não entendeu que ela é imutável e só depende da graça de Deus que a deu a si quando creu em Jesus, talvez seja melhor buscar aprender um pouco mais do Evangelho da graça de Deus, que salva o pecador não por mérito ou obras, mas por puro e imerecido favor. Milhões de Cristãos professos passam a vida toda tentando comprar uma salvação que Deus lhes dá por graça. CREIA!

     Quanto à dúvida em 2 Timóteo, o assunto no capítulo 2 está relacionado com a graça, a idoneidade dos que deveriam comunicá-la nos aspectos práticos da vida Cristã, e com o governo de Deus enquanto estamos no mundo.

     Por isso, se nos alistamos para essa "guerra", o que se exige de nós é que lutemos de forma lícita. Caso contrário, não seremos "coroados", ou seja, recompensados. "Se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente." (2 Tm 2:5). Coroamento, aqui, fala-nos de galardão, e é claro que Deus seria injusto se "coroasse" ou recompensasse um filho Seu que lutou indignamente enquanto esteve aqui.

     Mas o assunto não é a salvação, mas o governo de Deus neste mundo.

     Neste sentido, os que sofrem aqui defendendo os interesses de Cristo reinarão em glória, enquanto que aqueles que O negam enquanto aqui serão negados por Ele, e isto tem um significado. O governo de Deus age nas duas direções, concedendo aprovação e recompensa para o crente fiel, e desaprovação e falta de recompensa para o infiel, o que torna muito séria nossa relação de responsabilidade para com o Senhor.

     Nunca perca de vista o que vem posteriormente na passagem, quando diz que "se formos infiéis, Ele permanece fiel, não pode negar-Se a Si mesmo" (2 Tm 2:13). Se Ele prometeu a vida eterna àqueles que O receberam, esse é um caminho sem volta e o Senhor jamais voltaria atrás na Sua promessa. "Porque todas quantas promessas há de Deus, são n’Ele sim, e por Ele o Amém, para glória de Deus por nós." (2 Co 1:20). (leia Rm 11:29)

     A promessa de vida eterna foi-nos feita em graça, "porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus." (Ef 2:9). Graça é justamente a palavra que abre o capítulo: "Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus" (2 Tm 2:1). O Seu governo sobre nós é necessário para nosso bem e para a Sua glória, mas a Sua graça está fundamentada no que Ele é em Si mesmo, e nisto Ele "não pode negar-Se a Si mesmo". Um pai que disciplina o seu filho da forma correta jamais colocaria em dúvida a relação paterna que tem com ele. (Parábola do filho pródigo)

     Existem dois tipos de "negar" a Cristo. Um é o do incrédulo, que nega crer n’Ele. Outra é o do Cristão genuíno que sob tortura acaba por não suportar o sofrimento e dizer tudo o que os seus captores querem que ele diga, inclusive negar que crê em Jesus. Acaso não foi isso que Pedro fez? E considere que ele nem sequer estava a ser torturado, mas apenas a ser questionado por uma mera escrava. Considerando as inúmeras passagens que demonstram que um crente em Cristo NUNCA pode perder a salvação que recebeu, fica muito evidente que este versículo não está a falar de perda de salvação para quem a possui.

 

William Kelly comenta:

     Negar ao Senhor, longe de ser impossível para um servo dele, é exatamente o que a Escritura nos mostra como tendo sido o que aconteceu entre um dos mais honrados dos seus, que pensava que, dentre todos os homens, para si seria impossível negar o Senhor. Todavia assim foi com Pedro. Sem dúvida, foi apenas um ato passageiro, por mais vergonhoso e deplorável que fosse, por mais repetido que fosse e com agravamento; todavia, a graça de Cristo que a tudo perdoa e tudo sobrepujou e apagou a ofensa, transformando-a em lucro que nunca se esquecerá e em bênção fecunda.

     Mas onde quer que a vida nos leve, como aqui ("se o negarmos" não necessariamente significa que iremos negá-lo), a consequência é, como deveria ser, a vindicação necessária da parte de Deus de que a Sua majestade foi ferida: "Ele também nos negará". Deus deixaria de ser Deus se Ele consentisse na desonra do Seu Filho. O crente se curva e crê, adora e serve.

- William Kelly

 

Edward Dennett comenta a passagem assim:

     Sendo o que somos, e o mundo, a carne e o diabo sendo o que eles são, sofrer com Cristo é uma necessidade, e especialmente no caminho do serviço Cristão. Mas se é assim, Ele nos sustenta pela perspectiva de associação Consigo mesmo nas glórias do reino. Estes são encorajamentos, mas também existem alertas. Se O negarmos, Ele nos negará. Se falharmos, o Senhor não falhará em cumprir todos os propósitos do Seu coração, todos os pensamentos do Seu amor, pois Ele não pode negar-Se a Si mesmo. Ele não depende de maneira nenhuma da nossa fidelidade ou serviço, embora Ele possa ter o prazer de conceder-nos o privilégio de sermos Seus servos, de trabalharmos na Sua vinha.

     Assombrados pela constante oposição, podemos ficar desanimados, cair no desânimo, sermos tentados a pensar que a luz do testemunho está completamente extinta e, assim, ficarmos sob o poder da dúvida e da incredulidade. Mas o Senhor trabalhará, apesar de toda a nossa falta de fé, no cumprimento da Sua vontade, e em Seu próprio tempo infalivelmente apresentará "a Si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível." (Ef 5:27).

     Portanto o conhecimento de que Deus é fiel, e de que Ele não Se pode negar a Si mesmo, é seguramente uma rocha sobre a qual os mais fracos e tímidos de Seus servos podem repousar nos momentos mais sombrios. Isso proporciona também um encorajamento para olhar além da confusão e da ruína, para aquele futuro abençoado, quando todo pensamento do coração de Deus para a Sua Igreja e para o Seu povo terá a sua realização perfeita e eterna na glória.

— Edward Dennett

 

Cornelius R. Stam diz, ao comentar 2 Timóteo 2:

     Ver. 10. “Portanto tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna”.

     Isto, diz o apóstolo, "é uma palavra fiel" (Ver. 11): "Porque, se morrermos com Ele, também com Ele viveremos". Ou seja, se pela fé reconhecermos a Sua morte como a nossa morte, e assim morrermos com Ele (Rom. 6: 3), também participaremos da vida de ressurreição e, portanto, da Sua "glória eterna". Tudo isso faz parte da mensagem especial da graça que foi confiada ao apóstolo Paulo.

     Mas, além da salvação pela graça, existem recompensas que o crente pode receber pela conduta e serviço fiéis a Cristo. Assim, o apóstolo continua, dizendo:

     "Se sofrermos [isto é, com Ele], também com Ele reinaremos; se O negarmos, também Ele nos negará" (Ver. 12).

     Isto não tem nada a ver com salvação pela graça, mas com a nossa conduta e testemunho Cristão, pelos quais um dia podemos "receber galardão" ou “sofrer detrimento, ou perda" (1 Cor. 3:14,15). Como que antecipando-se a quaisquer dúvidas que os crentes pudessem ter sobre isso, Paulo continua:

     “Se formos infiéis, Ele permanece fiel: não pode negar-Se a Si mesmo" (Ver. 13).

     A palavra “infiéis" aqui é o oposto da palavra "fiel" no mesmo versículo. E assim a salvação pela graça, através da fé, é diferenciada das recompensas por fidelidade.

- Cornelius R. Stam

Simbologia dos Números (XVI)

fwgrant.jpg   Deuteronómio (5° livro de Moisés): Será que o povo, baseado em suas experiências feitas e descritas em Números, corresponderá à sua responsabilidade quando estiver na terra? É essa a grande questão deste livro. Israel tem a escolha na sua própria mão: bênção ou maldição (Dt 11:26-28). Quantas e quão grandes as bênçãos se o povo corresponder à sua responsabilidade! Que horrível as consequências, caso contrário! O livro de Josué  finaliza essa sequência. Nesse sentido, o livro de Josué não representa uma continuação, mas sim um novo começo completo.
 

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Simbologia dos Números (XIV)

fwgrant.jpg    Levítico (3° livro de Moisés): Agora o santuário está estabelecido e Deus não fala mais do Monte Sinai, mas de dentro da tenda da congregação (Lv 1:1). Ele revela os Seus pensamentos referente à maneira da santificação correta do povo e à maneira de como o povo poderia aproximar-se d’Ele. Em primeiro plano vemos os sacrifícios (Lv 1 a 7). Neles vemos, figuradamente, como Deus Se revela plenamente por meio da obra do Senhor Jesus na cruz. Vemos também as diversas maneiras de como alguém do povo podia aproximar-se de Deus. Caso tivesse cometido algum pecado, havia ali o sacrifício pelo pecado e pela culpa; caso procurasse comunhão com Deus, estava ao dispor o sacrifício pacífico; caso quisesse adorar a Deus, então podia oferecer um holocausto e um sacrifício pacífico.
 

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Simbologia dos Números (XV)

fwgrant.jpg   Números (4° livro de Moisés): Este livro mostra-nos o caminho do povo de Deus através do deserto — figura daquilo que o mundo representa para o verdadeiro crente: prova após prova. O povo poderia ter chegado à terra prometida em apenas 11 dias (Dt 1:2), porém demorou 40 anos. A simples razão para isso é a incredulidade do povo. O estado do povo era tal que fazia-se necessária a permanência no deserto. O deserto não faz parte dos conselhos de Deus, mas sim dos Seus caminhos com o povo. Deus sabia o que havia no coração do povo, mas também o povo devia dar-se conta disso por meio da experiência (Dt 8:2-3). Números é livro das provas, mas também das experiências; é o livro da fidelidade e do fracasso, mas também da fidelidade e da misericórdia divinas.
 

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Simbologia dos Números (XIII)

fwgrant.jpg     Êxodo (2° livro de Moisés): Este é o livro da salvação. Primeiramente, encontramos o povo debaixo da escravidão de Satanás e do pecado, cuja figura é Faraó. Depois, Moisés nasce, o salvador. Deus traz juízo sobre este mundo (a figura disso é o Egipto), redime o Seu povo através do Mar Vermelho e revela ao povo os Seus pensamentos por meio de Moisés, principalmente o pensamento de que queria habitar no meio do Seu povo. É esse o significado pleno de salvação: Deus quer morar no meio do Seu povo (Ap 21:3-4, tendo em vista o estado eterno).
 

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