Livro sobre o reavivamento do humanismo secular lançado no Gana
Indubitavelmente, o humanismo secular (o novo polieteísmo) é uma das questões críticas com que a igreja cristã se defronta há décadas. Esse assunto, com o advento da globalização, torna-se ainda mais ameaçador.
Nana Anyani-Boadum, pregador Ganense, lançou um livro, com 292 páginas, intitulado "The Revival of Secular Humanism" [O Reavivamento do Humanismo Secular] - foto abaixo.
O livro, pouco mais de um mês após seu lançamento, já havia conquistado uma importante fatia do mercado editorial do Gana, e espera-se que ele abale as estruturas sócio-políticas do país e de outros e também desafie os líderes Cristãos e as instituições relevantes a ficar em guarda contra essa tendência.
Na introdução, Anyani-Boadum observa que Satanás busca atacar a verdade fundamental da doutrina da criação, ao tentar, de todas as formas possíveis, transferir a fonte de verdade da doutrina bíblica para a ciência e a razão, apresentando-as como as únicas fontes da verdade.
Repúdio da Bíblia
“Os secularistas iniciaram de forma deliberada, por volta dos séculos XIV e XV, durante o período da Renascença — termo que significa ‘renascimento’, ‘ressurgimento’ ou ‘novo despertar’ — uma campanha para repudiar a Bíblia como fonte da verdade”, afirma ele.
Ele revelou que os secularistas contestam a autenticidade dos milagres registados na Bíblia e descrevem–nos como propaganda feita pelos autores, enquanto insistem que a vida acaba com a morte, não havendo nenhuma evidência crível de uma vida consciente ou coesa após a morte.
“Uma leitura do manifesto humanista, publicado numa edição da revista "New Humanist" [Novo humanista] (VI: 3:1-5), em Maio/Junho de 1933, indica que os humanistas seculares valorizam a razão e a evidência factual, e não a fé.
Eles rejeitam o conceito de um Deus pessoal e consideram os homens seres superiores. Daí, segue-se a seguinte conclusão: a rejeição do universo criado em favor da teoria da evolução e de um universo que obedece às leis naturais; a rejeição da ética e de códigos morais inspirados por Deus, em favor de códigos derivados da razão; a crença de que toda a responsabilidade pelo futuro do mundo, incluindo o sistema político e a ecologia, é da humanidade; a afirmação de que não há Deus no Céu para intervir a nosso favor e nos salvar do desastre”, afirma Anayani-Boadum.
A era cibernética
Ele expressa o seu temor de que a sociedade se aproxima, gradualmente, do momento em que a inteligência artificial poderá ser utilizada na fabricação de máquinas chamadas cibernéticas, máquinas essas que podem pensar e comunicar-se emocionalmente com as pessoas.
Ele acrescenta que o humanista ensina que a humanidade é o seu próprio padrão para tudo. “Culturas inteiras são empobrecidas por essas teorias e filosofias. A família, uma das mais importantes instituições da sociedade, está sob ataque”, indica ele.
Anyani-Boadum revela que, na Holanda, há um partido político emergente, The Party for Brotherly Love, Freedom and Democracy [O Partido para o Amor Fraternal, Liberdade e Democracia] (PNVD), que faz campanha a favor da diminuição da idade legal para o consentimento sexual e da legalização da pedofilia e pornografia infantil.
Unidade familiar em declínio
“Hoje, por intermédio dos efeitos do secularismo, as crianças não consideram mais a casa como a unidade familiar e vivem numa sociedade em que as atividades e as instituições têm um sistema de valores frouxo, ou simplesmente inexiste.
A educação geral, em muitos países, foi assumida pelo Estado. E os pais não percebem que, cedo ou tarde, questões referentes aos padrões absolutos por intermédio dos quais se determina o que é certo e errado não serão mais tolerados. As crianças aprendem que tudo é relativo, e que não há absolutos.
A Bíblia, para muitas pessoas, é um livro que não precisa de ser aberto. Na verdade, viver no século XXI e nos séculos subsequentes com essa cultura humanista é algo, realmente, atordoante. Essa é uma cultura difícil de explicar.
A capacidade dos seres humanos se iludirem a si mesmos e o amor que devotam à conspiração ajudam a criar um ambiente aceitável para que, na nossa sociedade, os comportamentos imorais e antiéticos fiquem em destaque; enquanto o senso comum, a verdade e a justiça ficam em segundo plano e têm pouca ou nenhuma expressão”, diz o autor.
Um mundo sem respeito e valores
Reiterando a chamada para que a igreja se levante contra essa tendência do humanismo secular, Anyani-Boadum observa que se essa tendência não for detida, nos anos futuros veremos muito do humanismo autónomo, uma cultura que não tem respeito por qualquer autoridade moral, levando o mundo ao auto-governo ou total liberdade sem qualquer forma de restrição.
A liberalização das leis do aborto, o surgimento de casamentos do mesmo sexo, a mudança na percepção ética e/ou influência nos sectores educacionais, estas são algumas das questões com as quais se penaliza.