16-07-08 - O testemunho de Pat Boone
Depois de uma longa e bem-sucedida carreira em Hollywood, Pat Boone orgulha-se da sua fé e da sua família.
Por Michael W. Michelsen Jr.
A vida do artista é o foco de um livro publicado recentemente: A América de Pat Boone: Uma viagem através dos últimos cinquenta anos da cultura popular (Pat Boone’s America: A Pop Culture Journey Through the Last Fifty Years).
Nascido em 1934, no Tennessee, Pat Boone foi o primeiro American Idol (Ídolo Americano). Vencedor de um concurso de músicos amadores que era televisionado na década de 1950, ele vendeu ao longo de sua carreira mais de 45 milhões de discos e conseguiu 38 sucessos, alcançando a décima posição no ranking dos maiores artistas da história do rock. No seu currículo constam também três estrelas na calçada da fama de Hollywood (por música, televisão e cinema). Enquanto construía esta impressionante carreira, Pat Boone e a sua esposa Shirley – casados há mais de cinquenta anos – criaram quatro filhas. “No meio de tudo isto, mantive-me agarrado à convicção de que Deus tinha certas coisas para eu fazer”, disse ele, “e o resultado é uma vida com muito mais realizações do que eu jamais teria esperado obter por minha própria conta”.
No início da sua carreira como actor contratado, Pat Boone foi seleccionado para fazer um filme onde contracenaria com Marilyn Monroe. Mas uma vez que o filme tinha como temática a questão da infidelidade, ele resolveu não participar e chegou a enfrentar ameaças de demissão por parte do estúdio. “Quanto lhes comuniquei que não faria o filme por causa do tema, fui alertado de que poderia ser demitido”, relata. “Eu gostaria muito de ter feito um filme com Marilyn Monroe, mas eu não faria nada que fosse contrário às minhas convicções”.
Em 1962 , Pat Boone participou do filme State Fair que foi um enorme sucesso de bilheteira. “Isto é algo que tem acontecido comigo ao longo de minha carreira, o que apenas confirma a minha convicção de que Deus está no controlo”, diz. “O problema é que as coisas na América têm se desviado do curso: o sentido de decência e a força da família sobre os quais o nosso país foi construído estão-se a deteriorar. Eu acredito que esta seja a razão pela qual as pessoas olhem para mim julgando-me ultrapassado e antiquado, e este talvez seja o caso em Hollywood, mas não é o caso em inúmeras pequenas e mesmo grandes cidades ao redor do país onde as pessoas criam as suas famílias e saem para trabalhar todos os dias. Pois são aqueles valores que sustentam estas famílias”.
Pat Boone certamente sabe do que está a falar, não apenas porque é pai de quatro filhas, mas sobretudo porque é o patriarca de uma grande família que tem experimentado triunfos e tragédias. Desde 2001, quando o seu neto Ryan, de 24 anos, sofreu uma horrível queda, caindo três andares abaixo por uma abertura de luz no telhado do próprio apartamento, a família de Pat Boone tem enfrentado uma das suas provas mais difíceis. Ryan sofreu múltiplas lesões e entrou em coma. Pat Boone pediu às pessoas que orassem pelo seu neto e chegou a ir ao programa do Larry King para falar sobre o assunto. “Os médicos disseram que Ryan não sobreviveria, mas nós estávamos confiantes que não apenas ele iria viver, com também de que iria despertar do coma e se recuperar completamente. Dissemos aos médicos que se encarregassem da parte clínica que nós nos encarregaríamos da parte espiritual”.
Ryan despertou do coma após 18 meses e continua a fazer progressos. Há algum tempo atrás, toda a família Boone, inclusive Ryan, reapareceu no programa do Larry King para falar sobre a recuperação e o papel desempenhado por Deus e pela oração neste processo. “O facto de Ryan ter sobrevivido ao acidente e o seu progresso desde então tem-me mostrado que Deus realmente trabalha nas nossas vidas”, disse Pat Boone. “Ryan perguntou-me recentemente que propósito eu pensava que Deus tinha com o acidente. Respondi que não sabia, mas que acreditava que através do ocorrido Deus estava a mostrar-nos que Ele realmente opera milagres, muitos dos quais vão muito além da nossa compreensão. Ao menos até que eu tenha a oportunidade de colocar esta pergunta a Deus, isto será o bastante para mim”.