Terramotos ... a vinda de Jesus está próxima?

Os terramotos, fomes, guerras, eclipses, e outros acontecimentos que ocorrem actualmente no mundo, são indicativos de que a vinda do Senhor para arrebatar a Igreja está próxima?

Houve sempre um grande interesse entre os crentes no que respeita à vinda do Senhor. Devido a um dispensacionalismo inconsistente, alguns crentes negam que a Sua vinda seja iminente e ensinam que a esperança da Igreja, que é o Seu Corpo, é o retorno de Cristo em poder e glória e, por conseguinte, teremos que passar pela Grande Tribulação.

Se a segunda vinda de nosso Senhor, de que Ele falou tantas vezes quando esteve na terra, é a esperança dos crentes agora, então certamente que ninguém, hoje, poderá dizer que a Sua vinda é iminente.

Ao voltarmo-nos para o registo dos evangelhos e para o que o Senhor ensinou a respeito da Sua segunda vinda, constatamos que sinais e juízos catastróficos virão sobre a terra antes do Seu retorno em glória. É-nos dito em grandes capítulos proféticos, como Mat. 24; Mar. 13 e Luc. 21, que registam o Sermão do Monte das Oliveiras, que precederão a Sua vinda grandes terramotos, fomes, pestes, coisas terríveis e grandes sinais no céu. (Luc. 21.11). O Anticristo assentar-se-á ostensivamente no lugar santo e perseguirá o remanescente em Israel (Mat. 24.15-21). É-nos dito que haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas, e que os poderes dos céus serão abalados (Luc. 21. 25,26). Todos estes eventos serão extraordinários, e não simples fenómenos naturais; serão sobrenaturais - e observados por toda a gente.

Em Luc. 21.28 o Senhor exorta os Seus: «Ora, QUANDO estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima». Em Luc. 21.31 Ele diz: «... quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto». A parábola da figueira em Mat. 24 e Mar. 13 ilustra o que o Senhor quer dizer, pois assim como as folhas na figueira indicam que o Verão está próximo, os sinais indicarão que a redenção de Israel estará igualmente próxima, como Ele diz em Mat. 24.33, « ... quando virdes todas estas coisas, sabei que Ele está próximo às portas». É verdade que eles não saberiam com exactidão quando é que, depois destes sinais e maravilhas, o Filho do Homem viria (Mat. 24.42), mas poderiam ter a certeza que estas coisas ocorreriam primeiro, e só então viria.

É bastante claro, então, que o Senhor virá em poder e glória depois duma demonstração terrível de juízo. Se estivermos à espera, agora, dos sinais dessa vinda, então temos de confessar que ainda não O esperamos, pois os sinais ainda nem sequer apareceram. Todos os terramotos, fomes, eclipses do sol e da lua, a queda de estrelas, etc., são tudo fenómenos naturais. A manifestação terrível da ira de Deus em juízos sobrenaturais catastróficos ainda não veio.

Portanto, a vinda do Senhor em glória não é iminente. Ele não poderia vir hoje reinar como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Contudo, quando nos voltamos para as epístolas de Paulo descobrimos que a vinda do Senhor de que ele fala é iminente e que nós devemos esperá-LO a qualquer instante. Paulo esperava o Senhor ainda em vida, mesmo apesar dos sinais de juízo não se terem então revelado, e tem sido esta a esperança legítima de toda a geração de crentes desde o apóstolo.

Em I Tes. 4.15-17, o apóstolo Paulo diz-nos que a vinda iminente de nosso Senhor é a esperança reconfortante de todos os crentes. Mas mais que isso, ele conforta os que estão vivos com o facto dos seus entes queridos que morreram em Cristo não ficarem privados das glórias do arrebatamento asseguradas aos crentes que estiverem vivos nessa altura. Tanto os crentes que estiverem vivos como os que tiverem já partido serão transformados e transladados para a presença de Cristo, a fim de ficarem para sempre com o Senhor.

Em referência ao mesmo evento Paulo diz-nos em I Cor. 15.52 que «... os mortos ressuscitarão incorruptíveis, E NÓS (os que estivermos vivos) SEREMOS TRANSFORMADOS».

Em Fil. 3.20 ele diz-nos que «... a nossa cidade (cidadania) está nos céus, donde também ESPERAMOS O SALVADOR».

Ora, se Paulo esperava estar vivo quando o Senhor viesse e se ele e os crentes dos seus dias estavam, já naquele tempo, a esperar do céu o Salvador, então certamente que esta vinda do Senhor Jesus é iminente. De facto, nada havia que tivesse de ser cumprido antes de Ele vir.

Porém surge aqui um problema. Paulo diz claramente que a vinda do Senhor é iminente. O Senhor, por outro lado, quando falou da Sua segunda vinda disse que virá após uma terrível manifestação de ira que assinalará o Seu retorno. É bastante óbvio que a ira ainda não tinha sido derramada nos dias de Paulo (2 Tes.2.2). Nem depois disso o foi. Como é que então Paulo esperava o Senhor a qualquer momento? Como é que nós O esperamos da mesma forma a qualquer momento?

Se a bem-aventurada esperança da Igreja, o Corpo de Cristo, é a segunda vinda de Cristo em poder e glória, como nos falam os Evangelhos, então a realização dessa esperança não é iminente. Se nós esperamos por essa vinda, então é claro que temos de passar pela Grande Tribulação, pois essa vinda será precedida pelo terrível juízo que essa tribulação, como nunca houve, constituirá (Mat. 24.21).

Contudo, a esperança do Corpo de Cristo não é a vinda de Cristo depois da Grande Tribulação, mas a Sua vinda antes da Grande Tribulação. O aparente problema é facilmente resolvido «manejando-se (dividindo-se) bem a Palavra da verdade» - o Senhor e Paulo estavam a falar de duas vindas diferentes. Embora estas duas vindas estejam relacionadas, são distintas quanto ao tempo e natureza.

A vinda do Senhor para o Seu Corpo, a Igreja, antecederá a Grande Tribulação. Ele não virá à terra para ficar com o Seu povo, como acontecerá na Sua segunda vinda em poder e glória (Zac. 14.4,9), mas virá aos ares para tomar os Seus para a glória a fim de ficarem para sempre com Ele (lTes.4.17;2Tes.2.1).

Esta vinda do Senhor aos ares é parte do mistério que Deus revelou ao apóstolo Paulo (l Cor. 15.51). A menos que vejamos que tal vinda para a Igreja é parte da revelação distinta Paulina não temos mais nenhuma base para esperar uma vinda iminente. No programa profético, Cristo virá reinar depois dum tempo de grande tribulação. No programa do «mistério» Ele pode vir para os Seus a qualquer momento, e nenhuns sinais catastróficos são necessários para anunciar esta vinda.

Nós não devemos confundir estas duas vindas do Senhor. Pelo contrário, devemos distinguir claramente estas duas vindas lembrando-nos que a vinda de Cristo em poder e glória depois da Grande Tribulação é o tema dos profetas ao passo que a Sua vinda para arrebatar os Seus antes da Grande Tribulação é parte do mistério, o segredo revelado por meio de Paulo para a dispensação da graça.

 - C.E.K.

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